domingo, 24 de junho de 2012

Catolicismo e Integralismo


Catolicismo e Integralismo
Sérgio de Vasconcellos*

Não é de hoje, que certos indivíduos que se dizem Católicos lançam-se contra o Integralismo, acusando-o de incompatível com o Catolicismo. Atualmente, dois grupos têm a primazia na difusão desta escalafobética inverdade, a matilha que se diz “tradicionalista” e a alcatéia da “esquerda” Católica. Sobre estes últimos nada diremos, pois, o Magistério Eclesiástico já esclareceu que o comunismo é intrinsecamente perverso, logo, um Católico que se diga marxista ou é um imbecil completo ou é um indivíduo de má-fé, de nenhuma fé talvez fosse mais correto dizer... Já os pseudo-tradicionalistas, nestes tempos de Internet, têm conseguido vender o seu peixe além dos limites usuais dos seus feudos “espirituais”. Cada grupúsculo tem seus líderes, e vivem em guerra uns com os outros, só tendo um ponto em comum, um ódio visceral pelo Chefe Nacional Plínio Salgado e pelo Integralismo. Cansado de ouvir tanta baboseira de boçais que se presumem de grande coisa, e são apenas sepulcros caiados, resolvi traçar estas verazes linhas.

Tivessem utilizado o Método que Gustavo Barroso empregou em seus Livros Integralistas, principalmente no “Integralismo e Catolicismo” e “Comunismo, Cristianismo e Corporativismo”, isto é, cotejar as Encíclicas Papais, a “Rerum Novarum”, de Leão XIII, a “Quadragésimo Ano” e a Caritate Christi Compulsi”, ambas de Pio XI e tantas outras, com as Obras Integralistas, de Plínio Salgado e demais Pensadores do Sigma, então teriam verificado, sem margem à dúvida, que o Integralismo é compatível com o Ensino Social da Igreja, aliás, é o único Movimento Político que harmoniza-se perfeitamente com os rumos sociais propostos à Humanidade pelos Sumos Pontífices. Método simples e eficaz, acessível às pessoas inteligentes, o que praticamente exclui a possibilidade de seu entendimento pela quase totalidade dos pseudo-tradicionalistas Brasileiros.

A guerra ao Integralismo nos ambientes Católicos surge simultaneamente com o próprio Integralismo: O “Dr.” Plínio Correa de Oliveira, participou da Sociedade de Estudos Políticos – SEP -, organização da qual brotaria a Acção Integralista Brasileira –AIB. O futuro criador da TFP, não aceitou pertencer à A.I.B, pois, discordava da Frente Única Espiritualista preconizada pelo Integralismo, defendendo que o Movimento Integralista deveria ser unicamente Católico. No entanto, o Integralismo estava em perfeita sintonia com a Santa Sé, pois, Sua Santidade Pio XI havia proposto na Caritate Christi Compulsi exatamente que todos os que ainda acreditassem em Deus e o colocassem como o Fundamento da Ordem Social se reunissem numa Frente contra o Materialismo! Ou seja, o “Dr.” Plínio era desses Católicos, como diria Gustavo Barroso, que queriam ser mais Católicos que o Papa. Agora, façamos justiça ao “Dr.” Plínio: Se é verdade que em reiterados artigos ele constantemente criticava o Movimento por aceitar Brasileiros de todos os Credos Religiosos, também nunca deixou de elogiar o que ele achava de construtivo no Integralismo, como por exemplo, o anti-comunismo e o nacionalismo. É uma pena que, hoje, seus pretensos seguidores dediquem-se ao ataque sistemático ao Integralismo, esquecidos que o seu mentor não via apenas defeitos no Sigma, também reconhecia os seus méritos.

Atualmente, com a debacle do marxismo, e o revigoramento do capitalismo, a globalização, a expectativa de um Estado mundial (com a supressão das Soberanias Nacionais), muitos Católicos ditos “tradicionalistas” buscam um lugar ao Sol para a Igreja nessa nova ordem mundial. Relembrando que na Idade Média não haviam Estados Nacionais como os entendemos hoje, traçam um paralelo absurdo com essa futura ordem mundial. Ingenuamente julgam que a Igreja terá um papel saliente neste novo estado mundial. Ora, será que esses bobalhões nunca ouviram falar em Poder Econômico? Que este Poder Econômico vem combatendo o Catolicismo nos últimos quatrocentos anos? E que não tem sentido nenhum para este Poder Econômico respeitar a Igreja Católica, que sempre estará falando de Verdades que eles querem destruir, como a existência de Deus, a Imortalidade da Alma Humana, que Cristo é o Salvador, o Amor ao Próximo, que a Ética deve primar em todas as relações, inclusive, e principalmente, nas econômicas, etc.? Não percebem que esta futura nova ordem é necessariamente atéia e anti-Cristã? Será que são tão burros assim, esses pretensos tradicionalistas??? Incoerentemente, criticam o Conceito de Quarta Humanidade, genialmente exposto por Plínio Salgado, mas, aceitam pacificamente e defendem intransigentemente esta monstruosa ordem mundial que o capitalismo financeiro está impondo ao Mundo. É uma burrice tão avassaladora a desses pseudo-Católicos tradicionalistas que, se não fosse tese condenada pela Igreja, poderíamos falar em ignorância invencível...

Mas, a burrice da maioria não explicaria completamente o fenômeno anti-Integralista desses “Católicos”, e aqui, mais uma vez, nos valeremos de Gustavo Barroso: Tais Católicos ignorantes, que julgam estar a serviço da Igreja, na verdade trabalham para a anti-Igreja, estão sendo guiados sem o perceber – pois a vaidade, a soberba, a jactância, a falta de Amor verdadeiro à Deus, ao Próximo e a si mesmo, obscurecem a inteligência -, repito, estão sendo guiados pela Maçonaria, o que vale dizer, pelo Espírito das Trevas.

Ao terminar este breve Artigo, lanço aqui um alerta a estes iludidos: Desenganem-se, vocês são apenas cegos guiando cegos e o destino de todos vocês é caírem no Abismo. Portanto, enquanto ainda é tempo, lancem fora estas prevenções anti-Integralistas e reunam-se conosco no Bom Combate por Deus, pela Pátria e pela Família.

Pelo Bem do Brasil!

Anauê!
_______
* Σ. Comerciante. Rio de Janeiro (RJ).

sábado, 23 de junho de 2012

Integralismo e Religião


INTEGRALISMO E RELIGIÃO(1)

Sérgio de Vasconcellos

A Doutrina Integralista diferencia-se radicalmente de todas as ideologias políticas que até aqui dominaram o século XX: Enquanto estas são agnósticas ou ateias, isto é, materialistas, a Filosofia Integral afirma peremptoriamente a existência de Deus e, consequentemente, a imortalidade da Alma Humana.

Quanto à questão da Natureza do Ser Supremo, isto é, se Ele transcende ou identifica-se ao Universo; e, de seus atributos – unidade, simplicidade, amor, etc. -, o Integralismo não define, pois compete a cada Religião instruir seus fiéis nestes temas.

O Integralismo é Cristão e ecumênico. Ecumenismo este, o mais lato possível, pois reúne não só os Cristãos, como também os não-Cristãos, em uma “frente ampla espiritualista”, contra o materialismo avassalador do mundo moderno, que assume duas principais formas: o Agnosticismo Capitalista e o Ateísmo Marxista(2). Por conseguinte, o Integralismo recebe em suas fileiras Homens de todos os credos religiosos, irmanados na luta por Deus, pela Pátria e pela Família, e contra o Capitalismo Burguês e o Coletivismo Marxista.

Muitos leitores, talvez ainda não compreendam por que nós, Integralistas, tanto nos empenhamos em defender a existência de Deus, perguntando até: Afinal, que tem Deus com a política? Os que raciocinam desta forma estão dominados pelos preconceitos materialistas do século, não estão pensando com isenção, mas movidos por ideias preconcebidas.

Na verdade, Deus tem tudo com a política. Partindo da negação ou afirmação de Deus, surgem duas visões do Mundo, inteiramente antagônicas, que se defrontam numa luta de morte: O materialismo, com dupla feição, o dogmático e militante, adotado pelo Marxismo-Leninismo, escravizando os países comunistas, e, o agnóstico e burguês, adotado pelo Capitalismo, dominando os países supostamente livres do Mundo Ocidental; e, o Espiritualismo, adotado pelo Integralismo, e que alicerça a Idade Nova que estamos construindo(3).

Assim, decidir-se por Deus ou contra Deus não é um  capricho, não é discutir o sexo dos anjos, mas uma opção vital. Deliberar contra Deus é colocar-se ao lado das forças reacionárias, que desejam manter a Humanidade na escravidão, na alienação, é lutar para a instauração do execrando totalitarismo. Escolher a Causa de Deus é juntar-se à Revolução, é batalhar pela Libertação Integral da Humanidade.

Notas:
1) Publicado originalmente em “O Integralista” – Rio de Janeiro – Ano 2 – Nº 4 – Dezembro de 1990 – p. 7. Reproduzido, parcialmente em “A Voz do Oeste” – Lins(SP) – Ano II – Nº 20 – Janeiro/Fevereiro de 1992 – pág. 3.

2) Tal frente única também foi preconizada por Sua Santidade o Papa Pio XI, nas Encíclicas “Caritate Chisti Compulsi” e “Divini Redemptoris”, esta última Carta Encíclica foi reproduzida na íntegra por Gustavo Barroso, no seu livro “Comunismo, Cristianismo e Corporativismo” – Empresa Editora ABC – Rio de Janeiro – 1938 – págs. 107 e segs., e a defesa da frente única espiritualista encontra-se nas págs. 157 e 158. Sobre a “frente espiritualista”, que é o Integralismo, conferir, ainda, entre outros:
- Maria Amélia Salgado Loureiro(coord.) – “O Integralismo, Síntese do Pensamento Político Doutrinário de Plínio Salgado” – Editora “Voz do Oeste” – São Paulo – 1981 – p. 14.
- Padre Ludovico, “O Integralismo à luz da Doutrina Católica”, em Plínio Salgado – “O Integralismo perante a Nação” – 3ª ed. – Editora das Américas – São Paulo – 1955 – págs. 168 e 169. “Obras Completas” – Vol. 9.
- Alberto Silvares – “O Comunismo e seu Contra-Veneno” – Editora Minerva – Rio de Janeiro – 1937 – págs. 31 e segs.;b e, págs. 67 e segs.
- General Jayme Ferreira da Silva – “Retalhos Verdes” – A. Coelho Branco Filho, Editor – Rio de Janeiro – 1937 – págs. 65 e segs.; e, págs. 273 e segs.
- Miguel Reale – “Perspectivas Integralistas” – 2ª ed. – Livraria H. Antunes – Rio de Janeiro – 1936 – págs. 44 e 45.
- Gustavo Barroso – “Espírito do Século XX” – Civilização Brasileira – Rio de Janeiro –1936 – págs. 242 e segs.
- Gustavo Barroso – “O que o Integralista deve saber” – Civilização Brasileira – Rio de Janeiro – 1935 – págs. 115 e segs.

3) Consultar:
- Plínio Salgado – “A Quarta Humanidade – 4ª ed. – Editora das Américas – São Paulo – 1955 – 161 págs. – “Obras Completas”, vol. 5.
- Gustavo Barroso – “O Quarto Império” – Livraria José Olympio Editora – Rio de Janeiro – 1935 – 179 págs. – Coleção “Problemas Políticos Contemporâneos”, Nº 9.

domingo, 3 de junho de 2012

O SIGMA


Bandeira da Frente Integralista Brasileira


Sérgio de Vasconcellos

Como pôde o Integralismo, um Movimento político de tão intenso nacionalismo, de tão arraigado nativismo, adotar como seu símbolo uma letra estrangeira, o Sigma, que é grego?(1)
Contam-nos o Chefe Nacional Plínio Salgado(2) e Olbiano de Mello, que a sugestão do Sigma partiu do escritor Dr. Arthur Mota. Deixemos falar Olbiano de Mello:
“Uma tarde o Chefe avisa-nos que no Clube Português a AIB realizaria uma nova reunião.
“Se não nos enganamos, a segunda franqueada ao público depois de sua instalação. Marcada a noite, Paranhos toma-nos na residência do Dr. Arnaldo Amado Ferreira, ali pelas imediações da Avenida Paulista, onde nos achávamos hospedados. Ao entrar para o automóvel, nele se achava um outro passageiro. Tratava-se do Dr. Arthur Motta, historiador residente na Capital. Ia também, a convite de Paranhos, assistir a reunião.
“No Clube, depois que fizemos a leitura de um trabalho nosso – Paranhos saúda, na pessoa de Arthur Motta, o sociólogo e o matemático. E este, agradecendo, num improviso feliz, afirma: “que, ele matematicamente, bem compreendeu que somente seria num sigma político, formado por todos os valores diferenciais da Nação, que o Brasil acharia salvamento.
“Terminada a sessão, espalhamo-nos, aos grupos, pelas redondezas da sede daquele Clube. E mais tarde, quase à uma hora da manhã com Leães num café da rua Líbero Badaró – depararam-se-nos Casali, Reale e Igáyara de lápis em punho, a desempenhar, numa folha de papel a atual letra simbólica do Integralismo.
“Discricionariamente já haviam abandonado o modelo de distintivo que estávamos estudando em nossas reuniões na Rua Brigadeiro Luiz Antonio e, inspirados na frase de Arthur Motta, fixaram esta letra grega como a expressão integral de nosso pensamento doutrinário. Nasceu assim, noite alta, modesta e simplesmente numa mesa e no meio barulhento de um café paulistano – o Sigma Brasileiro”.(3)
Seu uso, no Distintivo e Bandeira, foi estabelecido nos três Estatutos da antiga e gloriosa Acção Integralista Brasileira.(4) Mas, é nos “Protocollos e Rituaes da A.I.B” –Capítulo III – Dos Symbolos – O Sigma -, que achamos uma exposição mais minuciosa:
Art. 12º - O sigma é o sinal simbólico do Movimento Integralista (Veja-se desenho com dimensões proporcionais  no “Monitor” nº9).
“ – É uma letra grega que corresponde ao nosso “S” e indica soma;
“ – Leibnitz escolheu-a para indicar a soma dos infinitamente pequenos;
“ – É a letra com a qual os primeiros cristão da Grécia indicaram a palavra “Deus”;
“ – É o nome da Estrela Polar do hemisfério sul.
“ – Ela lembra que o nosso Movimento é no sentido de integrar todas as Forças Sociais do País na suprema expressão da Nacionalidade.
“O Sigma maiúsculo foi preferido ao minúsculo por uma questão estética”.(5)
Gustavo Barroso nos diz quase o mesmo:
“O Sigma.
“É a letra grega escolhida por Leibnitz para indicar a soma dos finitamente pequenos.
“É também a letra com que os primeiros Cristãos na Grécia indicavam Deus e servia de sinal de reconhecimento, porque a palavra Sóteros o Salvador, começa por um Sigma e termina por um Sigma.
“É, enfim, a letra que designa a Estrela Polar no hemisfério sul, onde fica situado o nosso País.
“Assim, o Sigma, símbolo da nossa Idéia Integral está na ciência, está na tradição religiosa de nossa civilização cristã – e está nas próprias estrelas do nosso firmamento”.(6)
Contudo, contradizendo a opinião geral, afirmamos que o Sigma não é de origem grega, mas puramente brasileiro. Mesmo que Wenceslau Júnior, Olbiano de Mello, Gustavo Barroso e outros teóricos do Movimento tenham acreditado que fosse uma letra grega, desconhecendo sua verdadeira procedência, isto não altera o fato do Sigma ser um símbolo genuinamente nacional.
Já se foi o tempo em que era inquestionável a opinião de que as nossas populações indígenas teriam emigrado de outras terras – Europa, Ásia, África e Oceania -, das quais seriam originárias, e povoado o continente americano.
O Brasil foi o primeiro continente a emergir do oceano primevo que cobria todo o planeta. Aqui foi criado o Homem e surgiram as mais antigas Civilizações. Nossos índios não são seres primitivos, no início da evolução, como querem alguns, mas descendentes de vetustas civilizações, que após magnífico apogeu, entraram em irremediável decadência. Os vestígios e as provas da existência destas civilizações são inúmeros e, creio, irrespondíveis.
Logicamente, a escrita também teve aqui o seu surgimento. Não iremos discorrer sobre as várias etapas da evolução – mnemônica, figurada ou pictográfica, ideográfica, silábica e alfabética – porque passou esta Escrita-Mãe.
Na verdade, o Sigma é o desenvolvimento de um antiquíssimo símbolo, usado por nossos ancestrais desde tempos remotíssimos, como o atestam milhares de inscrições rupestres (itacoatiáras) existentes no Brasil, onde aparece, e daqui levado por nossos antepassados, quando foram conquistar e povoar os outros continentes.
Também não trataremos das fases evolutivas do Sigma. Ressaltamos que na origem desta evolução encontramos o signo representativo do relâmpago, do raio, do trovão e, por extensão, de senhorio, força, poder; e o signo da cobra, símbolo do poder criador, da criação, da força, do domínio, do poderio, da grandeza, e, ainda de chefe, rei.
         Como e quando se fundiram os símbolos do Trovão (Tupan) e da Cobra (Mbóia)? Na noite dos tempos, nossos maiores observaram a analogia entre o caminho percorrido no céu pelo relâmpago e os coleios da cobra em terra, fundindo os dois mitos.
   É conhecida a importância e a sacralidade do Trovão e da Cobra, como símbolos mágicos e religiosos, em todo o mundo. O estilizado Sigma, reunindo-os, superou-os em significado místico.
Assim, além daquele correto e evidente sentido assinalado por Barroso e pelos “Protocolos”, o Sigma, no simbolismo dos Tupis, representa a Divindade Suprema, a Criação, a Transformação, o Poder, a Realeza, a Força Universal e, surpreendentemente, o próprio Brasil.
Curioso que, no Esoterismo Judaico, a letra Shin guarda quase o mesmo significado do nosso Sigma, do qual é derivado, apesar dos milênios que separam a Cabala de sua Matriz, o Esoterismo Tupi.
É provável que os primeiros Integralistas ignorassem o significado profundo do Sigma, mas as forças ocultas da Raça, que jazem no nosso inconsciente, o impuseram. Este sagrado símbolo nos acompanha desde o início de nossa marcha revolucionária e estará presente na hora de nossa vitória que, conhecendo as poderosas forças cósmicas e psíquicas que estão em jogo e são representadas pelo Sigma, está mais próxima do que imaginamos.
            Anauê!

NOTAS:
1) Publicado originalmente em “Renovação Nacional” – Rio de Janeiro - Ano XXI – Nº 72 – Out./Dez. de 1988 – pág. 6.
2) Plínio Salgado – “Um Homem Sincero” (artigo).
3) Olbiano de Mello – “Razões do Integralismo” – 1ª ed. – Schimidt, Editor – Rio de Janeiro – 1935 – págs. 79 e 80.
4) “Estatutos da Acção Integralista Brasileira” (1933) – Título III – Do Patrimônio, do Distinctivo e da Imprensa – art. 18º;
“Estructuração do Movimento Integralista – Estatutos da Acção Integralista Brasileira”(1934) – Capítulo XI – Da Bandeira e do Distinctivo – arts. 53, 54 e 55; e,
“Estatutos da Acção Integralista Brasileira” (1935) – Capítulo XI – Da Bandeira e do Distinctivo – arts. 53, 54 e 55.
5) “Protocollos e Rituaes da A.I.B.” – Art.12º, em Monitor Integralista – Nº 18, de 10-4-1937, pág. 3.
6) Gustavo Barroso – “O que o Integralista deve saber” – Civilização Brasileira – Rio de Janeiro – 1935 – pág. 147.

sábado, 2 de junho de 2012

INTEGRALISMO E OBJETIVIDADE

Sérgio de Vasconcellos.

Em inúmeras passagens de sua Obra, Plínio Salgado chama a nossa atenção para que coloquemos o “sentimento” em tudo o que pensamos e fazemos(1), mas, isto não significa que o Integralista se guia por algum sentimentalismo barato ou um emocionalismo de ocasião, e, sim, impedir que um excessivo e frio intelectualismo nos separe da Vida e nos torne indiferentes ao sofrimento do nosso Próximo, dos milhões que passam fome e vegetam na miséria material, intelectual e moral. No Integralismo, portanto, a razão não está desconectada do sentimento. E este sentimento não deve ser visto como alguma forma de subjetivismo em que o Integralista fique enclausurado, pois, a objetividade é fundamental para o Integralismo.
A objetividade, para nós, não é mero registro ou catalogação das impressões recebidas do exterior. Sem negar a necessidade da experiência, o Integralismo rejeita o empirismo. Para o Integralismo, a objetividade é a adequação entre o intelecto e a realidade. Em sendo assim, dirige-se àquilo que é essencial e perene, e, não negando a validade de perspectivas parciais, recusa o fragmentário, pois, como o seu próprio nome indica, o Integralismo, enquanto Filosofia, orienta-se até à Verdade, a Verdade Integral, só possível através da Síntese.
Não por acaso – afinal, “Deus dirige os destinos dos povos”(2) – o Integralismo surgiu no Brasil – “o Último Ocidente e o Primeiro Oriente”(3) -, propondo uma “Palavra Nova dos Tempos Novos”(4), não a impondo a quem quer que seja, mas, pretendendo criar um ambiente em que seja livre e conscientemente aceita. Trata-se, portanto, sim, de uma Revolução, não pela violência e supressão dos opositores, mas, pelo convencimento. O Integralismo é um vasto Movimento Pedagógico, que visa reeducar o Brasil e o Mundo à luz de Ideias generosas e puras e que podem ser resumidas no nosso sagrado lema: “Deus, Pátria e Família”.


1) Por exemplo, em SALGADO, Plínio. Código de Ética do Estudante. Nova Friburgo: Tipografia Carestiato, [s.d.]:  “XXIV – Sê um homem de pensamento, mas se um homem de ação. O pensamento para transformar-se em ação precisa, primeiro, transformar-se em sentimento. Ideia que não é sentida é ideia morta. A ação é forma objetiva de ideias vivas, oriundas de realidades e criadoras de novas realidade. Cultiva o ideal, mas, se realista.” Pág. 6.
2) SALGADO, Plínio. Manifesto de Outubro. Varginha: [s.ed.], 1988. Capítulo I – Concepção do Universo e do Homem – pág. 1.
3) SALGADO, Plínio. Palavra Nova dos Tempos Novos. 3. ed. São Paulo:  Panorama, 1937; pág. 121 e segs.
  SALGADO, Plínio. Sol Nascente e Último Ocidente. Brasília: Câmara Federal, 1967.
4) SALGADO, Plínio. Palavra Nova dos Tempos Novos. 3. ed. São Paulo: Panorama, 1937; pág. 7 e segs.