Fora do Integralismo não há Nacionalismo
Sérgio de Vasconcellos
Como
disse recentemente e muito corretamente o Companheiro Moisés Lima, Presidente
Nacional da Frente Integralista Brasileira – F.I.B., o futuro do Integralismo
está na centralidade doutrinal. Ora, num momento que tantos fantasistas
ideológicos intentam unir supostos movimentos nacionalistas, buscando atrair
Integralistas ingênuos para esta ilusória união cabe deixar claro que o
Integralismo é uma totalidade histórico-doutrinária construída pelo empenho dos
seguidores e continuadores de Plínio Salgado desde 07 de Outubro de 1932 até
nossos dias. Não há lugar em nosso Movimento para personalismos de supostos
líderes e delirantes unilateralismos pseudo-Integralistas.
O
Integralismo é uma vasta construção Doutrinária. O aprendizado do nosso Ideário
pode em princípio até sobressaltar aos jovens que estão ingressando agora em
nosso Movimento pelo acúmulo de conhecimentos que exige. O importante é que os
Integralistas neófitos não se deixem ludibriar por indivíduos que se dizem
Integralistas e expõem um “troço” como sendo a nossa Doutrina, mas, que não é e
nunca foi a real Doutrina do Sigma.
Eis
alguns elementos basilares que indicam o verdadeiro Integralismo:
I –
A existência de Deus. Sim, o nosso Movimento afirma a existência de Deus.
Todavia, não é um movimento confessional, isto é, não adota qualquer Religião
como oficial e aceita em suas Fileiras Brasileiros de quaisquer Credos
Religiosos (Cristão e não-Cristãos). O Integralismo rejeita o materialismo e,
consequentemente, não aceita o ingresso de indivíduos ateus e agnósticos.
Assim, se vocês toparem com indivíduos e grupos que se dizem Integralistas,
mas, que são ateus ou agnósticos ou acolhem materialistas ou que queiram impor
uma Religião qualquer aos seus sectários, então, estejam certos de que tais
indivíduos e grupos não são realmente Integralistas.
II –
O Integralismo adota uma Concepção Providencialista da História. O Manifesto de
Outubro inicia com a célebre frase: “Deus dirige os destinos dos Povos”. Mas,
isto não significa qualquer fatalismo ou crença descabida em profecias que
esterilizem a ação revolucionária ao induzir que se deve aguardar o cumprimento
de supostas predições.
III –
A Concepção Integralista do Universo e do Homem. O Universo tem sua origem em
Deus, seu Criador, e consequentemente, o Integralismo rejeita o materialismo em
qualquer forma pelo qual se manifeste. Também o Ser Humano, constituído de
corpo e alma, é criado por Deus, com uma destinação sobrenatural.
IV –
A Intangibilidade da Pessoa Humana é ponto inquestionável da nossa Doutrina. E
as legítimas projeções do Homem no espaço, no tempo e na eternidade, isto é, a
Propriedade e os Grupos Naturais (a Família, a Profissão, o Município, os
Grupos Cultural e Político, a Nação e a Sociedade Religiosa) gozam da
mesmíssima intangibilidade. Portanto, qualquer grupo ou indivíduo que se diga
Integralista, mas aprove o aborto ou a legalização das drogas violam
brutalmente a Intangibilidade da Pessoa Humana e devem ser rejeitados. Também
aqueles que se alienam da ação política, esquecendo-se que Plínio Salgado
reconheceu os Partidos Políticos como Grupos Naturais da Sociedade, e ficam
aguardando a realização de profecias de cunho sebastianista estão não só inteiramente
desligados da realidade, mas, distanciados completamente do autêntico
Integralismo.
V – A
Metodologia Integralista, também conhecida em nossos meios como Criteriologia
Integralista, fundamenta-se no Princípio da Correlação Fenomênica, pelo qual não
existem fenômenos isolados, isto é, todos os fenômenos se correlacionam. Logo,
todos os problemas (universais, nacionais e humanos) sobre os quais o
Integralismo se debruça são visualizados em conjunto, pois, todos se inter-relacionam
e nunca são tratados isoladamente ou unilateralmente.
Enfim,
àqueles que pretendem a “união dos nacionalistas” e almejam que Integralistas
de boa fé e pouca solidez Doutrinária embarquem neste projeto sem futuro só
resta lembrar uma de nossas máximas: Fora
do Integralismo não há Nacionalismo!