Sérgio de Vasconcellos
Quando o Chefe Nacional Plínio Salgado fundou a Acção Integralista Brasileira, em 1932 - os Estatutos são de 1933 -, a A.I.B. assumiu a figura jurídica de sociedade civil. Todavia, os inimigos do Brasil não ficaram de braços cruzados, e assim surgiu a famigerada Lei de Segurança Nacional, em 1935, criada especialmente para fechar o Integralismo. Mas, nosso Chefe Nacional percebeu a manobra e contornou o obstáculo antes mesmo que se concretizasse, extinguindo a Milícia e substituindo-a pela Secretaria Nacional de Educação, e transformando a Acção Integralista Brasileira em Partido Político, reformando-se os Estatutos durante o 2º Congresso Nacional Integralista, realizado em Petrópolis (Estado do Rio de Janeiro), em Março de 1935. Assim, na terceira redação dos Estatutos, devidamente registrados, a A.I.B. passou a ser simultaneamente sociedade civil e partido político.
O Integralismo cresceu exponencialmente. Os inimigos Brasil alarmavam-se ante a certeza de que Plínio Salgado seria eleito Presidente da República, em Janeiro de 1938. Era preciso acabar de vez com o Integralismo, então, ordens nesse sentido foram dadas ao negregado Getúlio Vargas, que implantou o Estado Novo, em 10 de Novembro de 1937, golpeando o tão decantado “estado de direito”, outorgando uma nova Constituição - apelidada de “a polaca”, por ser um pastiche da Constituição Polonesa da época -, inteiramente totalitária e preparada pelo jurista Francisco Campos, conhecido fascista, tudo isso para obter o fechamento “legal” da A.I.B....
O Chefe Nacional mais uma vez buscou a solução que mantivesse o Movimento na legalidade e evitasse o pior para os nossos Companheiros, conseguindo junto a Francisco Campos, Ministro da “Justiça” de Vargas, que a A.I.B e quaisquer outros Partidos Políticos que o desejassem, poderiam continuar existindo desde que se transformassem em associações culturais e desportivas. Imediatamente, a A.I.B. dá entrada no Registro da ABC - Associação Brasileira de Cultura -, mas, tal pedido jamais foi deferido ou indeferido pelo Ministério da “Justiça”... A canalha fascista e pseudofascista, a serviço dos interesses estadunidenses e capitalistas, tinha a intenção de acabar com o Integralismo e esta era a verdadeira e única finalidade do Estado Novo. A mais brutal perseguição abateu-se sobre os Camisas-Verdes. No dia 24 de Dezembro de 1937, cinco Integralistas - sem o conhecimento prévio do Chefe Nacional -, indignados, lançam o primeiro documento público de condenação e repúdio ao Estado Novo. No dia seguinte, Natal, todos estavam presos, sendo torturados na Rua Relação, e entre eles, meu primo, Romeu de Vasconcellos Noronha e Menezes (Chefe Municipal de Barbacena, que viera ao Rio participar da Marcha dos Cinqüenta Mil e ainda se encontrava na cidade), que foi submetido por dois dias à famosa “cadeira americana” (ficar sentado, apanhando direto, sem água e sem comida).
O Integralismo e as demais correntes democráticas do País, que não se conformavam com a instalação de um Estado Totalitário entre nós, congregaram-se num movimento revolucionário, que objetivava a restauração do “estado de direito”, isto é, o retorno a Constituição social-democrática de 1934 e a imediata convocação de eleições livres. Mas, os Integralistas, miseravelmente traídos, mais uma vez, levantaram-se sozinhos na defesa da Democracia e da Liberdade na infelizmente malograda Revolução de 11 de Maio de 1938. Com o fracasso da Revolução de 11 de Maio, a perseguição aos Integralistas recrudesceu e nossos Companheiros superlotavam as cadeias, submetidos a torturas e vexames. O próprio Chefe acabou preso, em São Paulo, e mandado para o exílio em Portugal. Centenas de Integralistas foram condenados a anos de cadeia, e quando recorriam das sentenças, estas eram aumentadas, exatamente o oposto do que ocorria aos comunistas, e o regime estadonovista era supostamente anticomunista..., em Santa Catarina os nazistas desfilavam pacificamente, como se estivessem na Alemanha, e o regime estadonovista era supostamente nacionalista... Na minha Família, meu Tio, Geraldo de Paula Lopes, que esteve no ataque ao Palácio Guanabara, onde foi preso, só não cumpriu toda a sua sentença porque o Ditador foi derrubado, em 1945, e houve Anistia para todos os presos políticos. Meu Pai, Paulo de Vasconcellos, que também participara da Revolução, ficou preso dez meses e meio, mas, como não havia provas, foi assim mesmo condenado aos dez meses e meio que já cumprira, o que impedia qualquer pleito indenizatório... Essa era a justiça de Vargas!
A Acção Integralista Brasileira estava na mais completa clandestinidade, e de Portugal, o Chefe Nacional continuava dirigindo o Movimento através de seu representante, o Companheiro Raymundo Delmiriano Padilha. Além da A.I.B clandestina, os Integralistas criaram algumas organizações legais, como a AFE - Auxílio às Família Empobrecidas(dirigida pelo Companheiro Dr. Thucydides de Toledo Piza) -, que destinava-se a amparar materialmente as Famílias dos Integralistas presos ou daqueles que haviam perdido seus empregos devido a perseguição política; o Apollo Sport Club(dirigido pelo Companheiro Jáder Araújo de Medeiros), para dar continuidade a parte desportiva do Sigma; a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa(dirigida pelos Companheiros Jayme Ferreira da Silva e Waldemar Cotta), que tentava preservar o trabalho com os jovens(minha Tia, Mariana de Paula Lopes que fora pliniana, pertenceu a Cruzada). Aliás, a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa foi mandada fechar pelo embaixador estadunidense, em 1942, se não me engano. Toda essa fase tenebrosa da História do Integralismo era chamada de o “Tempo das Catacumbas”, pelos Companheiros da velha-guarda, e só terminou com a derrubada do nunca suficientemente execrado Ditador, em 1945.
O Integralismo cresceu exponencialmente. Os inimigos Brasil alarmavam-se ante a certeza de que Plínio Salgado seria eleito Presidente da República, em Janeiro de 1938. Era preciso acabar de vez com o Integralismo, então, ordens nesse sentido foram dadas ao negregado Getúlio Vargas, que implantou o Estado Novo, em 10 de Novembro de 1937, golpeando o tão decantado “estado de direito”, outorgando uma nova Constituição - apelidada de “a polaca”, por ser um pastiche da Constituição Polonesa da época -, inteiramente totalitária e preparada pelo jurista Francisco Campos, conhecido fascista, tudo isso para obter o fechamento “legal” da A.I.B....
O Chefe Nacional mais uma vez buscou a solução que mantivesse o Movimento na legalidade e evitasse o pior para os nossos Companheiros, conseguindo junto a Francisco Campos, Ministro da “Justiça” de Vargas, que a A.I.B e quaisquer outros Partidos Políticos que o desejassem, poderiam continuar existindo desde que se transformassem em associações culturais e desportivas. Imediatamente, a A.I.B. dá entrada no Registro da ABC - Associação Brasileira de Cultura -, mas, tal pedido jamais foi deferido ou indeferido pelo Ministério da “Justiça”... A canalha fascista e pseudofascista, a serviço dos interesses estadunidenses e capitalistas, tinha a intenção de acabar com o Integralismo e esta era a verdadeira e única finalidade do Estado Novo. A mais brutal perseguição abateu-se sobre os Camisas-Verdes. No dia 24 de Dezembro de 1937, cinco Integralistas - sem o conhecimento prévio do Chefe Nacional -, indignados, lançam o primeiro documento público de condenação e repúdio ao Estado Novo. No dia seguinte, Natal, todos estavam presos, sendo torturados na Rua Relação, e entre eles, meu primo, Romeu de Vasconcellos Noronha e Menezes (Chefe Municipal de Barbacena, que viera ao Rio participar da Marcha dos Cinqüenta Mil e ainda se encontrava na cidade), que foi submetido por dois dias à famosa “cadeira americana” (ficar sentado, apanhando direto, sem água e sem comida).
O Integralismo e as demais correntes democráticas do País, que não se conformavam com a instalação de um Estado Totalitário entre nós, congregaram-se num movimento revolucionário, que objetivava a restauração do “estado de direito”, isto é, o retorno a Constituição social-democrática de 1934 e a imediata convocação de eleições livres. Mas, os Integralistas, miseravelmente traídos, mais uma vez, levantaram-se sozinhos na defesa da Democracia e da Liberdade na infelizmente malograda Revolução de 11 de Maio de 1938. Com o fracasso da Revolução de 11 de Maio, a perseguição aos Integralistas recrudesceu e nossos Companheiros superlotavam as cadeias, submetidos a torturas e vexames. O próprio Chefe acabou preso, em São Paulo, e mandado para o exílio em Portugal. Centenas de Integralistas foram condenados a anos de cadeia, e quando recorriam das sentenças, estas eram aumentadas, exatamente o oposto do que ocorria aos comunistas, e o regime estadonovista era supostamente anticomunista..., em Santa Catarina os nazistas desfilavam pacificamente, como se estivessem na Alemanha, e o regime estadonovista era supostamente nacionalista... Na minha Família, meu Tio, Geraldo de Paula Lopes, que esteve no ataque ao Palácio Guanabara, onde foi preso, só não cumpriu toda a sua sentença porque o Ditador foi derrubado, em 1945, e houve Anistia para todos os presos políticos. Meu Pai, Paulo de Vasconcellos, que também participara da Revolução, ficou preso dez meses e meio, mas, como não havia provas, foi assim mesmo condenado aos dez meses e meio que já cumprira, o que impedia qualquer pleito indenizatório... Essa era a justiça de Vargas!
A Acção Integralista Brasileira estava na mais completa clandestinidade, e de Portugal, o Chefe Nacional continuava dirigindo o Movimento através de seu representante, o Companheiro Raymundo Delmiriano Padilha. Além da A.I.B clandestina, os Integralistas criaram algumas organizações legais, como a AFE - Auxílio às Família Empobrecidas(dirigida pelo Companheiro Dr. Thucydides de Toledo Piza) -, que destinava-se a amparar materialmente as Famílias dos Integralistas presos ou daqueles que haviam perdido seus empregos devido a perseguição política; o Apollo Sport Club(dirigido pelo Companheiro Jáder Araújo de Medeiros), para dar continuidade a parte desportiva do Sigma; a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa(dirigida pelos Companheiros Jayme Ferreira da Silva e Waldemar Cotta), que tentava preservar o trabalho com os jovens(minha Tia, Mariana de Paula Lopes que fora pliniana, pertenceu a Cruzada). Aliás, a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa foi mandada fechar pelo embaixador estadunidense, em 1942, se não me engano. Toda essa fase tenebrosa da História do Integralismo era chamada de o “Tempo das Catacumbas”, pelos Companheiros da velha-guarda, e só terminou com a derrubada do nunca suficientemente execrado Ditador, em 1945.
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