quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Ismos"

Sérgio de Vasconcellos

O Integralismo é... Integralismo! Não é socialismo, comunismo, nazismo, fascismo, capitalismo, liberalismo, etc.

No entanto, é comum aos pseudo-integralistas querer atrelar o Integralismo com um “ismo” de sua preferência...

Infelizmente, um dos “ismos” prediletos dos pretensos “Integralistas” é o nazismo - aliás, a popularidade de que goza o nazismo no Brasil e em outros países, só se explica pela intensa propaganda que o cinema estadunidense fez dele no pós-guerra... -, e, no entanto, o Integralismo não tem semelhança alguma com o nacional-socialismo, nem é tributário ou caudatário da ideologia hitlerista. Na verdade, o nazismo tem muita semelhança com o... comunismo...

São inumeráveis as dessemelhanças entre o Integralismo e o nazismo, mas, vejamos algumas:

O Integralismo é uma Doutrina Política genuinamente nacional. O nazismo é uma ideologia estrangeira, tão perniciosa quanto o anarquismo, o marxismo, o liberalismo, e outras que sejam igualmente importadas.

O Integralismo é nacionalista. O nazismo é internacionalista, como o comunismo.

O Integralismo é anti-imperialista. O nazismo é imperialista, como o comunismo.

O Integralismo é Democrático (defendemos a Democracia Orgânica), o nazismo é antidemocrático, da mesma forma que o comunismo.

O Integralismo é Espiritualista. O nazismo é materialista, como o comunismo.

O Integralismo é pela fusibilidade racial, logo, anti-racista. O nazismo é racista, enquanto o comunismo é pelo predomínio do operariado, ou seja, é apenas uma outra forma de discriminação...

O Integralismo é pelo Princípio de Autoridade. O nazismo é autoritário e o comunismo também.

O Integralismo é Sindicalista, o nazismo é anti-sindical. O nazismo tão logo chegou ao poder, fechou todos os sindicatos e os substituiu pela Frente Alemã do Trabalho, inspirada nas CGTs comunistas, algo parecido com a CUT...

O Integralismo defende o pluripartidarismo. O nazismo é pelo partido único, exatamente como o comunismo.

O Integralismo defende a Liberdade. O nazismo e o comunismo suprimem toda e qualquer liberdade.

O Integralismo é anti-totalitário. O nazismo e o comunismo são totalitários. Aliás, ambos procedem da mesma matriz, o idealismo hegeliano (o marxismo, oriundo dos hegelianos de esquerda, enquanto o fascismo e o nacionalsocialismo, dos hegelianos de direita). Já o Integralismo alinha-se com o aristotélico-tomismo, ou seja, com o realismo.

Poderíamos prosseguir enumerando as diferenças entre o Integralismo e o nazismo, mas, as que apontamos são suficientes para comprovar que Integralismo e nazismo são completamente distintos.

Historicamente, o nazismo sempre combateu o Integralismo nas regiões de colonização alemã no Brasil. A imprensa nazista nos acusava de querer “caboclizar” o ariano... E, de fato, o Integralismo resgatou para o ecúmeno nacional uma quantidade incrível de Brasileiros de origem alemã, para tanto, foi necessário publicar muito material em língua alemã, pois era o único idioma que dominavam milhares de Brasileiros em pleno Brasil! Até um jornal diário em língua alemã publicávamos no Sul do Brasil para atingir aqueles Brasileiros.

O Integralismo jamais apoiou o Eixo, nem antes, nem durante a Guerra. Antes, como já dissemos, nas áreas de colonização alemã, o Integralismo e o nazismo se antagonizavam fortemente. Uma vez deflagrada a Guerra - e o Integralismo estava oficialmente fechado -, Plínio Salgado orientou aos adeptos do Sigma de que, no caso do Brasil entrar na Guerra, os Integralistas deveriam apoiar o Governo, pois, na hora do perigo, a Nação deve estar unida. Sobre tudo isso, existe farta documentação.

Esta absurda e inverídica associação do Integralismo com o nacional-socialismo é uma opinião muito generalizada. Mas, se um meu interlocutor, quando me digo Integralista, faz a “ponte” com o nazismo, deixa claro que ele não conhece o que é o Integralismo, nem sabe o que de fato foi o nacionalsocialismo. Assim, exponho sucintamente - como fiz nos parágrafos precedentes - as diferenças entre a Doutrina Integralista e a ideologia nazista. Se o meu interlocutor compreende, ótimo, caso contrário, azar o dele, e vou conversar com alguém inteligente...

Enfim, o Integralismo é uma Doutrina completa que dispensa aproximações com quaisquer ideologias. Dediquemo-nos, Companheiros Integralistas, mais ao estudo das Idéias Integralistas, e esqueçamos aquelas ideologias que, como já demonstrou Plínio Salgado, são unilaterais e contrárias aos interesses do Brasil.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

O Integralismo e as Religiões

Sérgio de Vasconcellos

Obviamente um tema conexo ao de Deus é o da Religião. Quase todos os pseudo-Integralistas e neo-Integralistas atacam as Religiões. Faz-se assim necessário também aqui aclarar a questão.

O Integralismo não combate religiões. Eis o que diz o Documento Oficial “Diretrizes Integralistas”:
“XVI) - O Integralismo, visando promover o aperfeiçoamento moral e espiritual da Nação, declara-se pelo espiritualismo contra todas as correntes materialistas de pensamento e de ação, que acobertadas pelo liberalismo, vêm exercendo a sua obra nefasta de desintegração de todas as forças vivas da Pátria.
“XVII) - Dentro deste critério, o Integralismo propõese respeitar integralmente, a liberdade de consciência e garantir a liberdade de cultos desde que não constituam ameaça à paz e à harmonia social.”

O Integralismo é definidamente Cristão, realmente. Todavia, o Integralismo é uma Frente Ampla Espiritualista, onde podem ingressar Brasileiros de todos os credos religiosos. Como Frente Ampla Espiritualista, reunindo Cristãos e não-Cristãos, num amplo Ecumenismo, o Integralismo combate ativamente o Materialismo avassalador do Mundo Moderno, isto é, o Capitalismo e o Marxismo (as formas mais preponderantes de Materialismo hoje).

Assim, o Integralista pode pertencer àquela Religião que julgar a verdadeira, Cristã ou não-Cristã.

Este Ecumenismo amplo do Integralismo foi muito criticado na década de 30 por muitos Católicos, mas, ele tem apoio em duas Encíclicas do Papa Pio XI. Hoje, critica-se uma suposta dependência do Integralismo ao Catolicismo... , dizem que é um absurdo os Católicos submeterem-se à Infalibilidade Papal e por aí vai o besteirol. Pois bem, gostem ou não os pretensos Integralistas, os Católicos têm tanto direito de participar do Integralismo, quanto os membros de quaisquer outras Religiões. O próprio Chefe Nacional Plínio Salgado era Católico, como todos sabem, e jamais saiu criticando outras Religiões, mesmo tendo escrito diversos livros de caráter religioso, como “Vida de Jesus”, “São Judas Tadeu”, “A Tua Cruz, Senhor!” e outros. Por outro lado, é verdade que alguns Católicos que compreendem equivocadamente o chamado Tradicionalismo Católico, negam o Nacionalismo e defendem um mero Patriotismo (Gustavo Corção, para citar um exemplo conhecido), mas, essa é a posição de uma suposta corrente Católica e não do Catolicismo. O Integralismo foi elogiado por inúmeros Bispos e líderes do laicato Católico, o que não ocorreria se houvesse uma contradição entre Integralismo e Catolicismo. Um Católico pode ser Integralista, não havendo conflito algum para a sua consciência.

Desde os anos 30 é terminantemente proibido discutir-se Religião no Integralismo, para que nenhum Companheiro se sentisse ofendido na sua crença mais importante, afinal, repito, somos uma Frente Ampla Espiritualista visando o combate ao materialismo em todas as suas formas.

Uma última observação: É possível que algum leitor esteja pensando, “não sou materialista, pois sou completamente desapegado aos bens materiais, porém, sou ateu, não acredito em Deus”. Ao ilustre leitor que assim esteja raciocinando, digo,inicialmente, que é moralmente louvável um tal desapego aos bens materiais, porém, não é disso que estou falando.

O Integralismo utiliza-se do conceito filosófico de materialismo, isto é, materialismo é aquela concepção de que nada existe no Universo além do plano material, tudo se originando e se explicando pela própria Matéria. Ora, o Integralismo rejeita esta concepção reducionista da Realidade e afirma que além da Matéria existe o Espírito, afirmando a existência de Deus, a Divina Providência interferindo na História, a imortalidade da Alma Humana.

Ser materialista é não crer em Deus, apenas na Matéria.

É imprescindível ao Integralista a crença em Deus. É claro que o Integralismo não proíbe ninguém de ser ateu, mas, nas fileiras do Sigma, os ateus e agnósticos não são aceitos, pois nossa Doutrina baseia-se numa nítida concepção espiritualista do Universo e do Homem, da qual decorre necessariamente todo o restante dos nossos postulados teóricos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Deus no Integralismo

Sérgio de Vasconcellos

Muitos pseudo-Integralistas ou neo-Integralistas, rejeitam a idéia de Deus e proclamam-se ateus (uns poucos se dizem agnósticos).

No entanto, a crença em Deus é fundamental na Doutrina Integralista. O Integralismo afirma peremptoriamente a existência de Deus, e critica e condena o ateísmo e o agnosticismo.

A questão de Deus não é despicienda para o Integralismo. Plínio Salgado, na “Quarta Humanidade”, nos diz:
“A concepção do Estado e da Sociedade está ligada à concepção do próprio Universo. É da idéia do Cosmos que deriva o senso das finalidades humanas. É do sentido das finalidades humanas que procede o pensamento da organização social. É do pensamento da organização social que decorre a orientação política, com influencia, por sua vez, na Sociedade e no Estado.”

No Integralismo, Deus vem antes de tudo. Eis o que dizem as “Diretrizes Integralistas”:
“I) O Integralismo compreende o Mundo de um modo total, e pretende construir a Sociedade, segundo a hierarquia de seus valores espirituais e materiais, de acordo com as leis que regem os seus movimentos e sob a dependência da realidade primordial, absoluta e suprema, que é Deus.
“II) Essa hierarquia, na qual se fundam o princípio e o exercício da Autoridade, faz prevalecer o Espiritual sobre o Moral, o Moral sobre o Social, o Social sobre o Nacional, e o Nacional sobre o Particular”.

O Chefe Nacional Plínio Salgado, iniciou o Manifesto de Outubro - documento de fundação do Integralismo -, com a seguinte frase: “Deus dirige os destinos dos Povos”. E, mais recentemente, dentro do melhor espírito Integralista, assim começa o Manifesto da Juventude: “Deus está acima de tudo”.

Conseqüentemente, um “Integralista” ateu ou agnóstico, não é um Integralista de fato. Não há lugar para ateus e agnósticos nas fileiras do Integralismo.

Antes de terminar, apenas mais um comentário: É muito curioso que os comunistas - ateus por definição ideológica - critiquem a nossa crença em Deus. Parece-me bem melhor acreditar na existência de Deus, do que acreditar no marxismo, que já demonstrou o seu fracasso em todos os países em que chegou ao poder...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Gustavo Barroso

Sérgio de Vasconcellos

Os detratores do Integralismo querem transformar Gustavo Barroso em um cavalo de batalha contra o Sigma, acusando-o falsamente de nazista, anti-semita, etc.

Ora, Gustavo Barroso foi a segunda figura do Integralismo, tendo sido o líder da Milícia e depois o Secretário Nacional de Educação, logo, jamais foi nazista, nem suas idéias se aproximavam do nazismo. O saudoso Companheiro Jayme Ferreira da Silva, no “A Verdade sobre o Integralismo”, refuta em definitivo estas calúnias contra Gustavo Barroso, aliás, as Edições GRD reeditaram tal trabalho, que infelizmente não se encontra a venda em todas as Livrarias, devido ao cerco cultural imposto ao Integralismo.

A Doutrina Integralista não é, nunca foi e jamais será anti-semita ou anti-judaica. O Chefe Nacional Plínio Salgado jamais perdeu seu tempo tratando disso. Em “O que é o Integralismo”, “Psicologia da Revolução” e na “Quarta Humanidade”, entre outras, Plínio Salgado explica-nos com clareza como o Mundo e o Brasil chegaram à situação lamentável em que se encontram, sem precisar lançar mão de qualquer teoria conspiratória. Todavia, Barroso, sem negar validade à interpretação do Chefe, pessoal e particularmente acreditava que estava em curso uma conspiração para a escravização de toda a Humanidade. É um ponto de vista adotado ainda hoje por muitos, Integralistas, não-Integralistas e até anti-Integralistas (para estes últimos, nós, Integralistas, também somos agentes desta conspiração...). O Integralismo basta a si mesmo, não precisa ser ‘enriquecido’ por outros “ismos”. Quero enfatizar, Gustavo Barroso, não era racista, pelo contrário, era anti-racista.

Quando uma editora gaúcha, a Revisão, anunciou que iria reeditar TODA a obra de Gustavo Barroso devo confessar que, infelizmente, não acreditei, e por dois motivos: 1º) A Obra Barrosiana é tão vasta (só perde para a de Coelho Netto), que escaparia completamente de sua capacidade editorial. 2º) A posição ideológica do editor, o levaria a publicar somente os volumes dedicados às Questões Judaica e Maçônica. Todas aspublicações da Revisão devem ser usadas com cautela, pois, contêm inúmeros erros (de tradução, de gramática, de digitação, diagramação, etc.), faltou revisão... Além das liberdades que a editora toma, por exemplo, a reedição dos “Protocolos” contem notas do editor e uns comentários, no final, totalmente dispensáveis. Razão pela qual, muitos preferem as edições da Minerva, dos anos 30. A Obra Integralista de Barroso não é pequena: “O Integralismo em Marcha”, “Brasil - Colônia de Banqueiros”, “O Integralismo de Norte a Sul”, “O Quarto Império”, “A Palavra e o Pensamento Integralista”, “História Militar do Brasil”, “O que o Integralista deve Saber”, “O Integralismo e o Mundo”, “Espírito do Século XX”, “História Secreta do Brasil”(3 vols.), “A Sinagoga Paulista”, “Judaísmo, Maçonaria e Comunismo”, “Integralismo e Catolicismo”, “Reflexões de um Bode” e “Comunismo, Cristianismo e Corporativismo”. É o segundo Autor Integralista em número de livros, só perdendo para o Chefe, e superando Reale, que só publicou sete livros de Doutrina. Não são Obras Integralistas, “Os Protocolos dos Sábios de Sião” e “Maçonaria - Seita Judaica” (de autoria de I. Bertrand), que apenas foram traduzidas pelo Barroso. Os “Protocolos” foram publicados originalmente em russo, em 1902, quando Plínio contava sete anos de idade e era uma criança livre e despreocupada, brincando alegremente em São Bento do Sapucaí. O Integralismo surgiria muito depois.

Outro mito que deve acabar: Não existe nenhuma “caça” aos livros de Gustavo Barroso nos sebos, e o afirmo com autoridade de quem trabalha há mais de vinte anos no ramo dos livros usados. Vou dizer algo que certamente desagradará a alguns concorrentes: Os Livreiros inventam tais histórias para valorizar as obras que desejam vender. Eis alguns exemplos:

A Igreja Católica manda comprar todos os exemplares do “Os Crimes dos Papas”, onde seria narrada a história criminosa do papado. Aqui no Rio, chegava-se a mencionar o nome do Cardeal. Até eu acreditei bisonhamente na história e esperava para qualquer momento a visita de um representante da Cúria Arquiepiscopal... O tempo foi passando, o enviado do Cardeal não aparecia... , e, finalmente, um exemplar da obra caiu-me nas mãos, imediatamente fui lê-lo. Então percebi o logro, o livro é uma porcaria, totalmente fantasioso, fictício, enfim, uma droga. Certamente a Igreja não ia preocupar-se com aquele lixo. Em pouco tempo constatei que os Católicos não dão a menor importância ao livro, considerando “Os Crimes dos Papas” um trabalho sem seriedade; só os Maçons e Espíritas o adquiriam e, ao fazê-lo, ainda repetiam a cantilena mitológica criada por comerciantes inescrupulosos para tosquiá-los... Confesso que ganhei dinheiro. Agora, “Os Crimes” foram reeditados e o seu preço caiu. Mas, tenho certeza que algum Livreiro esperto vai espalhar que a nova edição foi adulterada pela Igreja Católica, que a melhor é a edição antiga, esgotada, raríssima e que a Igreja Católica compra para destruir! E muitos ingênuos vão acreditar e pagar preços exorbitantes por um livro que não vale o papel em que está impresso.

A Igreja Católica compra, para destruir, todos os exemplares do livro “O Papa e o Concílio”, de Janus, que foi traduzido por Rui Barbosa. Que o livro não é mais publicado porque o renomado jurista reconciliou-se com a Igreja e, por insistência das Autoridades Eclesiásticas, concordou que não fosse mais reeditado. Agora, os fatos: Rui Barbosa foi convidado por Saldanha Marinho, líder da Maçonaria, para prefaciar um livro totalmente anti-católico sobre o Concílio Vaticano(o Primeiro), escrito por um Maçon sob o pseudônimo de Janus. Rui Barbosa que passava por uma fase anti-clerical aceitou a encomenda e escreveu um prefácio que ocupa 3/4 do livro(!), onde não poupa críticas ao Papado. Não é verdade que não tenha sido reeditado e esteja esgotado, como propalam muitos Livreiros, pois, faz parte das Obras Completas de Rui Barbosa e pode ser comprado na Casa de Rui Barbosa por um preço inferior ao dos Sebos... onde incautos Maçons e Protestantes o compram e se deliciam com o seu ultrapassado anti-clericalismo.

A “Monita Secreta”, livro onde constariam as instruções secretas dos Jesuítas, seria outra obra “caçada” nos Sebos, para a destruição, pelo discípulos de Santo Inácio de Loiola. Pois bem, a “Monita Secreta” é outro livro forjado pelo espírito anti-religioso do Século XIX, não é obra dos Jesuítas e estes não o procuram pelos Sebos, somente Maçons ainda acreditam nesta basófia e o compram. Também foi reeditado recentemente.

Não existem, pois, comandos de Judeus e Maçons varrendo os Sebos atrás dos célebres “Protocolos”. Mas, não é isso o que contam os meus concorrentes... E por conta da lenda cobram caríssimo, principalmente se for a tradução de Gustavo Barroso, que é a melhor. Aliás, mesmo com a reedição da versão do Barroso, os preços dos “Protocolos” não caíram nos Sebos, pelo contrário, aumentaram muito. Chegou-nos ao conhecimento de que a política da Comunidade Judaica em relação a este livro é apresentar uma queixa de anti-semitismo contra o LIVREIRO, que tem de ir a Delegacia se explicar... O que é no mínimo curioso, pois, conheci um Livreiro judeu - já saiu do ramo - que vendia os “Protocolos” e qualquer literatura anti-semita que lhe caía nas mãos, por um bom preço, é claro... Seria ele nazista e antissemita?

A caça predatória às obras de Gustavo Barroso, não existe, simplesmente a demanda é maior que a oferta, o que aumenta os preços. Se a Editora Revisão não tivesse sido golpeada por uma brutal injustiça, a procura por Barroso seria satisfeita, pelo menos em parte. Enfim, se alguém quiser ler Barroso, procure-o nos Sebos, pois, nas Bibliotecas seus livros estão sumindo, será que estão sendo caçados?

Existe uma Obra de Gustavo Barroso que povoa as imaginações: O 4º volume da “História Secreta do Brasil”. Pelo que ouvi de velhos Camisas-Verdes (e muitos privaram da intimidade de Barroso), o 4º Volume foi escrito e o seu conteúdo referia-se aos contemporâneos (pelo que foi dito no “Sinagoga Paulista”, pode-se ter uma pálida idéia das revelações contidas no volume inédito...). Julgo pouco provável a sobrevivência do original, pois, a polícia estadonovista varejou a casa de Gustavo Barroso, certamente desaparecendo com muita coisa - a casa de Plínio Salgado, na Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, aqui no Rio, foi, literalmente, saqueada pelos esbirros do negregado Vargas - e, de qualquer forma, após o falecimento do Barroso, sua Família vendeu tudo para a Livraria São José, tradicional sebo aqui do Rio de Janeiro, porém, curiosamente, só uns poucos exemplares da sua imensa Biblioteca foram comercializados... Mas, era de praxe na época o Autor providenciar várias cópias datilografadas do original, quem sabe se algum dia por milagre uma delas não apareça. Eu acredito em Milagres!

Recentemente, os inimigos do Brasil, têm tentado utilizar-se de outra Obra de Barroso, “O Integralismo e o Mundo”. Ora, o livro “O Integralismo e o Mundo” foi publicado originalmente em 1936, e sua finalidade era passar em revista os Movimentos Nacionalistas que vicejavam por todo o Mundo, naquele período, do Afeganistão ao Uruguai. Ele não diz que o Integralismo é igual ao fascismo, pelo contrário, diz apenas: “De todos os movimentos de caráter fascista, e assim os denominamos por falta de expressão mais apropriada para a sua generalidade, o Integralismo Brasileiro é o que contém maior dose de espiritualidade e um corpo de doutrina mais perfeito à formação dos grupos naturais e à solução dos grandes problemas materiais”.(pág. 15). Em seguida, aponta diversas diferenças entre o Integralismo e o fascismo. Aos que estiverem interessados em verificar a exatidão do que digo, sugiro a 2ª edição de “O Integralismo e o Mundo”, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1937 - 290 págs.

No entanto, dos livros de autoria de Gustavo Barroso, o meu predileto é “O Livro dos Enforcados”, onde, narrando as execuções capitais no Ceará do tempo do Império, criticou e condenou brilhantemente a Pena de Morte.

“...o brasileiro é eminentemente contrário a qualquer racismo...”
Gustavo Barroso
(“Judaísmo, Maçonaria e Comunismo”. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1937 - 235 págs. - il.; a citação encontra-se na página 10).

sábado, 10 de julho de 2010

Breve Sinopse Histórica

Sérgio de Vasconcellos

Quando o Chefe Nacional Plínio Salgado fundou a Acção Integralista Brasileira, em 1932 - os Estatutos são de 1933 -, a A.I.B. assumiu a figura jurídica de sociedade civil. Todavia, os inimigos do Brasil não ficaram de braços cruzados, e assim surgiu a famigerada Lei de Segurança Nacional, em 1935, criada especialmente para fechar o Integralismo. Mas, nosso Chefe Nacional percebeu a manobra e contornou o obstáculo antes mesmo que se concretizasse, extinguindo a Milícia e substituindo-a pela Secretaria Nacional de Educação, e transformando a Acção Integralista Brasileira em Partido Político, reformando-se os Estatutos durante o 2º Congresso Nacional Integralista, realizado em Petrópolis (Estado do Rio de Janeiro), em Março de 1935. Assim, na terceira redação dos Estatutos, devidamente registrados, a A.I.B. passou a ser simultaneamente sociedade civil e partido político.

O Integralismo cresceu exponencialmente. Os inimigos Brasil alarmavam-se ante a certeza de que Plínio Salgado seria eleito Presidente da República, em Janeiro de 1938. Era preciso acabar de vez com o Integralismo, então, ordens nesse sentido foram dadas ao negregado Getúlio Vargas, que implantou o Estado Novo, em 10 de Novembro de 1937, golpeando o tão decantado “estado de direito”, outorgando uma nova Constituição - apelidada de “a polaca”, por ser um pastiche da Constituição Polonesa da época -, inteiramente totalitária e preparada pelo jurista Francisco Campos, conhecido fascista, tudo isso para obter o fechamento “legal” da A.I.B....

O Chefe Nacional mais uma vez buscou a solução que mantivesse o Movimento na legalidade e evitasse o pior para os nossos Companheiros, conseguindo junto a Francisco Campos, Ministro da “Justiça” de Vargas, que a A.I.B e quaisquer outros Partidos Políticos que o desejassem, poderiam continuar existindo desde que se transformassem em associações culturais e desportivas. Imediatamente, a A.I.B. dá entrada no Registro da ABC - Associação Brasileira de Cultura -, mas, tal pedido jamais foi deferido ou indeferido pelo Ministério da “Justiça”... A canalha fascista e pseudofascista, a serviço dos interesses estadunidenses e capitalistas, tinha a intenção de acabar com o Integralismo e esta era a verdadeira e única finalidade do Estado Novo. A mais brutal perseguição abateu-se sobre os Camisas-Verdes. No dia 24 de Dezembro de 1937, cinco Integralistas - sem o conhecimento prévio do Chefe Nacional -, indignados, lançam o primeiro documento público de condenação e repúdio ao Estado Novo. No dia seguinte, Natal, todos estavam presos, sendo torturados na Rua Relação, e entre eles, meu primo, Romeu de Vasconcellos Noronha e Menezes (Chefe Municipal de Barbacena, que viera ao Rio participar da Marcha dos Cinqüenta Mil e ainda se encontrava na cidade), que foi submetido por dois dias à famosa “cadeira americana” (ficar sentado, apanhando direto, sem água e sem comida).

O Integralismo e as demais correntes democráticas do País, que não se conformavam com a instalação de um Estado Totalitário entre nós, congregaram-se num movimento revolucionário, que objetivava a restauração do “estado de direito”, isto é, o retorno a Constituição social-democrática de 1934 e a imediata convocação de eleições livres. Mas, os Integralistas, miseravelmente traídos, mais uma vez, levantaram-se sozinhos na defesa da Democracia e da Liberdade na infelizmente malograda Revolução de 11 de Maio de 1938. Com o fracasso da Revolução de 11 de Maio, a perseguição aos Integralistas recrudesceu e nossos Companheiros superlotavam as cadeias, submetidos a torturas e vexames. O próprio Chefe acabou preso, em São Paulo, e mandado para o exílio em Portugal. Centenas de Integralistas foram condenados a anos de cadeia, e quando recorriam das sentenças, estas eram aumentadas, exatamente o oposto do que ocorria aos comunistas, e o regime estadonovista era supostamente anticomunista..., em Santa Catarina os nazistas desfilavam pacificamente, como se estivessem na Alemanha, e o regime estadonovista era supostamente nacionalista... Na minha Família, meu Tio, Geraldo de Paula Lopes, que esteve no ataque ao Palácio Guanabara, onde foi preso, só não cumpriu toda a sua sentença porque o Ditador foi derrubado, em 1945, e houve Anistia para todos os presos políticos. Meu Pai, Paulo de Vasconcellos, que também participara da Revolução, ficou preso dez meses e meio, mas, como não havia provas, foi assim mesmo condenado aos dez meses e meio que já cumprira, o que impedia qualquer pleito indenizatório... Essa era a justiça de Vargas!

A Acção Integralista Brasileira estava na mais completa clandestinidade, e de Portugal, o Chefe Nacional continuava dirigindo o Movimento através de seu representante, o Companheiro Raymundo Delmiriano Padilha. Além da A.I.B clandestina, os Integralistas criaram algumas organizações legais, como a AFE - Auxílio às Família Empobrecidas(dirigida pelo Companheiro Dr. Thucydides de Toledo Piza) -, que destinava-se a amparar materialmente as Famílias dos Integralistas presos ou daqueles que haviam perdido seus empregos devido a perseguição política; o Apollo Sport Club(dirigido pelo Companheiro Jáder Araújo de Medeiros), para dar continuidade a parte desportiva do Sigma; a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa(dirigida pelos Companheiros Jayme Ferreira da Silva e Waldemar Cotta), que tentava preservar o trabalho com os jovens(minha Tia, Mariana de Paula Lopes que fora pliniana, pertenceu a Cruzada). Aliás, a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa foi mandada fechar pelo embaixador estadunidense, em 1942, se não me engano. Toda essa fase tenebrosa da História do Integralismo era chamada de o “Tempo das Catacumbas”, pelos Companheiros da velha-guarda, e só terminou com a derrubada do nunca suficientemente execrado Ditador, em 1945.

O Pseudo-Integralismo

Sérgio de Vasconcellos

Tão nocivo quanto o neo-Integralismo é o seu irmão gêmeo siamês, o pseudo-Integralismo.

A existência desse exotismo explica-se facilmente:

Durante décadas, Comunistas e Demo-liberais, desencadearam uma formidável campanha de desinformação contra o Integralismo, acusando-nos de fascistas, nazistas, totalitários, racistas, antidemocráticos, etc. Ora, muitas pessoas que nada conhecem do verdadeiro Integralismo, acreditando que aquelas calúnias são autênticas, aproximam-se do Integralismo pensando que é totalitarismo, autoritarismo, etc., e, o que é pior, muito pior, saem por aí divulgando esse pseudo-Integralismo, que não foi aprendido com Plínio Salgado e os demais teóricos do Sigma, mas, nos livros e publicações patrocinados pelo Argentarismo-Marxista Internacional, e, com isso, inconscientemente, esses desavisados, municiam os nossos adversários. Pensando que estão com o Integralismo, os pobres coitados estão a serviço do Capitalismo e do Comunismo...

A única atitude democrática em relação aos pseudo-Integralistas é explicar-lhes qual é a Doutrina do Integralismo (espiritualista, cristã, nacional, democrática, pluralista, etc.). Caso percebam o seu erro e busquem de fato ingressar no Integralismo autêntico, deverão ser bem recebidos; mas, caso pretendam insistir em suas idéias descabidas sobre o Integralismo, implantadas nos seus cérebros minúsculos pelo Comuno-Capitalismo, então, deverão ser excluídos, pura e simplesmente. Que militem ideologicamente em outra parte, pois, a Bandeira Azul e Branca, não acoberta inimigos de Deus, da Pátria e da Família.

O Erro Neo-Integralista

Sérgio de Vasconcellos

Nos dias que correm, existe uma vasta proliferação de pseudo-Integralismos, que, via de regra, se auto-classificam como “neo-Integralismo”.

Sendo o Integralismo a Doutrina da Revolução Permanente, as adjetivações do gênero “neo-Integralismo”, “nova filosofia Integralista”, etc., são desnecessárias, pois, um Integralismo que não se renovasse continuamente, já não seria um autêntico Integralismo, seria outra coisa com o rótulo “Integralismo”, nada tendo com a Doutrina Revolucionária criada pelo gênio incomparável de Plínio Salgado.

Tenho visto muita gente bem intencionada, fazendo restrições a este ou aquele ponto da Doutrina Integralista e querendo eliminá-los, chamando esse Integralismo amputado de “neo-Integralismo”. Lembro-me bem do caso de um Companheiro, excelente, mas, que rejeitava o conceito de Quarta Humanidade, que, no entanto, é basilar e fruto exclusivo da mente brilhante do Chefe Nacional. E, junto com a Quarta Humanidade, esse Companheiro queria jogar fora mais alguns itens doutrinários - a liberdade, o ecumenismo, etc. - e chamava tal Integralismo torcido e retorcido de neo- Integralismo...

É claro que existe uma tendência oposta, a de querer fossilizar o Integralismo nos anos 30. Quando, em 1959, Plínio Salgado declarou que chegara a conclusão de que os Partidos Políticos também eram Grupos Naturais da Sociedade, causou um choque na Velha-Guarda, que acatou tal concepção por puro espírito de disciplina, mas, preferindo a Democracia Orgânica no velho estilo, sem partidos... Hoje, muitos jovens militantes do movimento, rejeitam a noção de Partidos como Grupos Naturais, argumentando com o Integralismo puro, o dos anos 30... Porém, Plínio Salgado dissera inequivocamente que o seu Pensamento - o Integralismo - estava em permanente clarificação. Portanto, não há base doutrinária para rejeitar-se os Partidos como Grupos Naturais. No entanto, muitos jovens militantes, sem o mesmo espírito de disciplina dos velhos Camisas-Verdes, rejeitam os Partidos, sem ao menos examinar os termos em que Plínio Salgado expôs a questão, atitude inadmissível dentro do princípio de ortodoxia e disciplina Integralistas.

O Integralismo é uma Doutrina definida, escolher ou rejeitar, este ou aquele ponto é apenas manifestação de unilateralismo, incompatível com o Integralismo. Assim, neo- Integralismo ou “páleo-Integralismo”, são aberrações teóricas, e significam, de fato, a recusa do Integralismo como uma totalidade. O Integralismo é, antes de tudo, uma Doutrina, surgida em 1932, mas que veio se clarificando (expressão do Chefe) ao longo das décadas.

Mesmo admitindo-se que alguém empregue a expressão “novo Integralismo” ou coisa parecida, apenas como designativo de uma nova fase da História do Sigma, ainda assim a sua utilização é perigosa, pois, aqueles que estão chegando agora ao Movimento poderiam supor equivocadamente que existe um Integralismo novo diferente do de Plínio Salgado.

A Missão Integralista deste Blog

Sérgio de Vasconcellos

Há uma sensação coletiva, uma certeza intuitiva, não só no Brasil, mas, em todo o Mundo, de que a atual Civilização chegou ao seu limite. Instintivamente, as pessoas pressentem que o atual estado de coisas não se prolongará por muito mais tempo. Isso gera, por um lado, o surgimento de inúmeras correntes, religiosas ou políticas, de cunho escatológico e milenarista, que difundem a equivocada crença de que estamos no próprio Fim do Mundo; mas, por outro lado, também gera a filosofia do ‘salve-se quem puder’, do mais acendrado egoísmo, em que algumas pessoas usufruem todas as benesses prodigalizadas pelo mundo moderno (enquanto milhões morrem de fome e a miséria generaliza-se), raciocinando: “Depois de mim, o dilúvio...”.

Obviamente, o Integralismo, não pode concordar com o amoralismo capitalista, nem tão pouco, perfilhar as doutrinas do desespero.

Neste início de Milênio, percebemos que a desesperança, a depressão, a aflição apoderam-se da Humanidade, que está angustiada e sem rumo. Assim, em meio ao caos, nós, Integralistas, surgimos com uma Palavra Nova, de esperança, de alegria, de amor, de fraternidade entre os Homens e as Nações, apontando um caminho seguro e dizendo firmemente: Sim, uma Era acabou, mas, uma Idade Nova inicia-se, uma Nova Civilização nasce na fecunda Terra Brasileira, do coração generoso do Povo Brasileiro.

O Blog que ora apresentamos ao público, pretende ser uma contribuição, modesta, nós o sabemos, à construção da Civilização Integralista. A finalidade deste Blog é responder algumas de inúmeras dúvidas acerca do Integralismo, a original Filosofia criada pelo gênio inigualável de Plínio Salgado.

Além da divisão apontada no próprio título do Blog – História e Doutrina -, algum leitor mais atento poderá perceber uma outra, pois, ele é constituído por textos elaborados no atual século – o XXI -, portanto refletindo necessariamente a atual conjuntura nacional e mundial, e também é formado por escritos do século passado... – o XX -, sendo, consequentemente, outro o enfoque, apropriado às circunstâncias existentes no último quartel de tal século. Não obstante, é clara a Unidade Doutrinária, ficando assim documentada nossa posição organicamente ortodoxa: Não reconhecemos como legítimo nenhum Integralismo que se distancie das Idéias de Plínio Salgado, Chefe Perpétuo da Revolução Integralista.

Tenho certeza de que este Blog irá chegar ao conhecimento de muitos Brasileiros, que dele necessitam, e que cumprirá sua missão eficientemente.

Pelo Bem do Brasil!
Anauê!