segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O UNIFORME INTEGRALISTA


Sérgio de Vasconcellos

Eis uma interrogação constante: Os Integralistas têm ou usam algum Uniforme?

Rigorosamente falando, o Integralismo, enquanto Filosofia, não tem e nunca teve uniforme. Mas, como corrente de opinião organizada, teve Uniforme durante a vigência legal da Acção Integralista Brasileira: Camisa da cor verde inglês em cujo braço esquerdo, no terço médio, estava fixado um círculo branco com borda preta, no centro do qual figurava um Sigma também preto; gorro verde da mesma cor da camisa; calças pretas, brancas ou caquis (conforme as circunstâncias); cinto e sapatos de preferência pretos.(1)

Depois deste período, algumas organizações Integralistas não tiveram qualquer Uniforme (o Partido de Representação Popular, a União Operária e Camponesa do Brasil, etc.) outras, tiveram os seus próprios Uniformes (a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa, os Centros Culturais, etc.), mas, o Movimento Integralista, propriamente dito, não teve e ainda não tem Uniforme.

Atualmente, vêem-se muitos modelos de camisetas nos meios Integralistas. Ora, a própria variedade das mesmas, revela que não são Uniformes. Quando muito, são indicativas de um desejo de exteriorizar as convicções ideológicas de seus portadores. E mais, é comum presenciar-se em reuniões Integralistas, parte da assistência envergando camisas verdes de todos os tipos, feitios e tons, tal diversidade comprova de um lado, a inexistência de um Uniforme, mas, de outro, demonstra um desejo latente por parte de muitos Integralistas de resgatar o antigo e heróico Uniforme da Acção Integralista Brasileira.

Hoje, dois são os principais obstáculos para a adoção de um Uniforme para o Integralismo:
1º - Não há uma organização que reuna a totalidade dos Integralistas, e uma indumentária Uniforme (seja a antiga Camisa Verde, seja uma nova ainda a ser criada) pressupõe unidade organizacional;
2º - Condições materiais objetivas, isto é, um Uniforme, por mais simples que fosse, obrigaria a um gasto adicional que muitos Brasileiros não poderiam arcar.

Como estamos falando em Uniformes, para terminar, uma última consideração:

O Integralismo nunca adotou braçadeira com Sigma, isto é uma invencionice recente e ridícula, sob a alegação esdrúxula de que com a “bolacha” (é assim que alguns se referem a circunferência de pano com o Sigma) costurada diretamente “perde-se” a camisa... A Camisa Verde do Uniforme da antiga A.I.B., não era para passeio, só era utilizada em atividades Integralistas, logo, o Sigma afixado diretamente não a perdia, pelo contrário, elevava-a a categoria de instrumento revolucionário. Repudiamos assim esta tal braçadeira, por entendê-la de inspiração burguesa.

Nota:
1 Para maiores detalhes consulte-se as págs. 81 e 82 dos “Protocolos e Rituais da Ação Integralista Brasileira”, em “A Orgânica da Ação Integralista Brasileira” - Tomo II - Rio de Janeiro - Livraria Clássica Brasileira/ Edições GRD -s/d - 143 págs. Enciclopédia do Integralismo Vol. XI.

sábado, 28 de agosto de 2010

INTEGRALISMO E CAPITALISMO

Sérgio de Vasconcellos

Muitos julgam uma contradição o Integralismo afirmar-se anti-capitalista e, ao mesmo tempo, posicionar-se em defesa da propriedade privada. Ora, os que assim raciocinam, na verdade, estão adotando a definição erradíssima de capitalismo dada pelos marxistas.

Como já foi estabelecido pelos Teóricos Integralistas desde os anos 30, o que caracteriza o capitalismo não é a existência da propriedade, mas, o predomínio do capital móvel, do capital financeiro, em português claro, do dinheiro sobre todos os demais elementos da Economia. O dinheiro não é mais um instrumento de cálculo ou medida, nem tampouco simples intermediário das trocas, mas, a própria finalidade de toda produção. Aquele velho esquema, mercadoria → dinheiro → mercadoria é substituído pelo dinheiro → mercadoria → dinheiro.

O capitalismo, na verdade, é o maior inimigo da propriedade privada, destruindo-a gradativamente - através de sua concentração -, como Marx viu claramente (está enunciado até no Manifesto Comunista). Todavia, incoerentemente, Marx, ao invés de levantar-se contra a dissolução da propriedade perpetrada pelo capitalismo, defendeu que tal processo fosse levado as últimas conseqüências, isto é, a extinção definitiva da propriedade. Ora, e por quê? Porque, como disse Plínio Salgado, Marx, em economia, não foi um criador, mas, um mero subordinado à economia burguesa, um continuador de Adam Smith.

Assim, pois assistia razão a Gustavo Barroso quando escreveu: “Capitalismo não é a propriedade. Capitalismo é o regime em que o uso da propriedade se tornou abuso, porque cada indivíduo pode, se tiver dinheiro, especular no sentido de fraudar e oprimir os outros. Capitalismo é o regime em que uso da propriedade se tornou desordenado, porque cada indivíduo pode agir à vontade e produzir sem se preocupar com as necessidades da coletividade, causando o desemprego, as falências, os salários ínfimos e a carestia de vida. Capitalismo é o regime em que um indivíduo ou um grupo de indivíduos pode açambarcar as propriedades dos outros por meio de trustes, cartéis ou monopólios. O capitalismo, portanto, em última análise é um destruidor da propriedade”. E, no parágrafo seguinte, completa: “A propriedade não deve e não pode ser suprimida. Deve e pode ser disciplinada. A propriedade é a projeção do homem no espaço, a garantia da sua velhice e da estabilidade de sua família. A propriedade é legítima quando provem do trabalho honesto e quando empregada no sentido do interesse nacional. Deve ser dada a todos quantos a mereçam sem distinção de classes. A propriedade obtida desonestamente não deve ser mantida. A propriedade empregada em sentido contrário ao interesse nacional deve ser posta nos seus verdadeiros termos. Por isso, o Integralismo só admite o direito de propriedade condicionado pelos deveres do proprietário”. As citações foram extraídas das págs. 135 e 136 do livro “O que o Integralista deve saber” (Rio de Janeiro- Civilização Brasileira - 1935 - 213 págs.). Ainda no mesmo livro (pág. 137), ele diz-nos: “A supremacia do dinheiro é ilegítima. A supremacia dos valores intelectuais e morais é legítima”.

Como assinalou um Secretário Nacional de Doutrina da antiga A.I.B., Miguel Reale, capitalismo é aquela atitude que separa a economia da moral.

Sobre reais ou supostas semelhanças entre a Economia Integralista e os postulados keynesianos, só quero lembrar que: A 1ª ed. da “Teoria Geral”, o principal livro de Keynes, é de 1936. Ora, antes disso, Plínio, Barroso, Reale e outros Escritores Integralistas já haviam abordado a questão econômica e lançado as bases da Economia Nova, a Economia Integralista. Se existem alguns pontos em comum entre as idéias keynesianas e o Integralismo, isto só testemunha a favor da inteligência do economista britânico.

O Capitalismo seja o Privado, seja o de Estado (marxismo-leninismo), não solucionou os problemas econômicos, muito pelo contrário. Mas, obviamente, muitos economistas liberais e marxistas debruçaram-se sobre a questão, buscando soluções dentro do regime econômico que defendiam, salientando-se Keynes (inglês e capitalista) e Kallecky (polonês e comunista). Evidentemente, por mais brilhantes que fossem, sua tarefa estava fadada ao fracasso, pois, para empregar uma imagem corriqueira, estavam querendo enxugar gelo... Só o Integralismo, propondo a substituição do atual modelo econômico por uma Economia Nova e Revolucionária, poderá arrancar o Povo Brasileiro da miséria e pôr fim ás crises econômicas permanentes (periódicas ou cíclicas), que são uma das características inerentes do Capitalismo.

E, como nos agrada ferir a susceptibilidade burguesa, poderíamos até dizer, num sentido amplo, que o Integralismo seria o verdadeiro socialismo, aliás, o único exeqüível. Todavia, esta palavra - socialismo - está totalmente impregnada de referências inconciliáveis com o Ideário Integralista. Mesmo com a 2ª Internacional progressivamente diluindo suas idéias originárias, desmarxistizando-se totalmente, o termo “socialismo” continua carregado de pressupostos ideológicos inaceitáveis para o Integralismo, como o internacionalismo, só para citar um exemplo indiscutível. Na verdade, antes que Marx se apropriasse da palavra “socialismo”, esta designava variadas correntes ideológicas (os “socialistas utópicos”, na expressão de Marx), que já se caracterizavam pela negação da propriedade privada, pelo igualitarismo absoluto, pela anarquia, etc., que também são inadmissíveis pela Doutrina do Integralismo.

O liberalismo econômico, o anarquismo, o socialismo e o comunismo são ideologias do tempo da iluminação a gás, totalmente arcaicas e ultrapassadas em nossa Era Cibernética, e, portanto, incapazes de fornecer soluções corretas e definitivas aos problemas contemporâneos. Só o Integralismo, com o seu Método que correlaciona todos os fenômenos, pode encontrar ou traçar novos rumos para o Brasil e o Mundo.

O FÓRUM INTEGRALISTA RIO 2009: UMA APRECIAÇÃO

Companheiros.
Escrevo este, ainda sob a influência do Fórum Integralista Rio 2009, terminado há poucas horas. E, por isso, talvez alguns julguem ufanista a minha impressão: O Fórum Integralista Rio 2009 foi um momento histórico, desses que a História no futuro – liberta da ditadura ideológica dos marxistas travestidos de historiadores – dirá que foi um divisor de águas, um marco, sendo o Integralismo periodizado como antes e depois do Fórum Integralista Rio 2009. Mas, se os que não compareceram ao Fórum julgarem excessiva a minha afirmação, os que lá estiveram, vivendo intensamente quatro dias de pura Brasilidade, tenho certeza, concordarão comigo integralmente.

Todavia, apreciando-o realisticamente, como exige a Doutrina Integralista, não posso deixar de reconhecer que, se qualitativamente o Fórum foi um estrondoso sucesso, quantitativamente estava longe daquilo que todos desejávamos.

Nos quatro dias do Fórum, inteligências primorosas – Integralistas e não-Integralistas – se revezaram na exposição dos mais diversificados temas, dando a todos os presentes esclarecimentos nos mais variados campos do conhecimento: Carlos Nougué, Francisco Anéas, Gumercindo Rocha Dórea, Lucas Carvalho, Marcelo Silveira, Mário Sérgio, Robson Ferreira, Victor Emanuel Vilela Barbui, só para citar àqueles oradores de que mais gostei. Também é importante assinalar que, durante os quatro dias do Fórum Integralista, todos os presentes – vou repetir – TODOS OS PRESENTES fizeram uso da palavra de forma irrestrita, participando concretamente, numa demonstração de respeito a democracia interna, que só é possível encontrar, de fato, no Movimento Integralista.

Não obstante o sucesso inquestionável, não consigo deixar de compará-lo ao Fórum que a burguesia irá realizar ainda este ano. Enquanto o Fórum Integralista Rio 2009 limitava-se a ocupar um Auditório para sessenta pessoas, o Fórum “politicamente correto” terá milhares de participantes. Sei perfeitamente que tais milhares de participantes são assalariados das Ongs, que por sua vez são bancadas pelo Capitalismo Financeiro Internacional, logo, com todas as facilidades de divulgação nos meios de comunicação de massa, de transporte, de estadia, de instalações suntuárias, etc. Porém, diante da desproporção numérica de participantes entre os dois eventos, não posso evitar de emitir algumas considerações desagradáveis.

A primeira delas, e nem de longe a mais importante, é a constatação de que, com a única exceção da Associação Causa Imperial – ACI -, os movimentos e grupúsculos, que vivem instando para que os Integralistas se unam ou façam alianças com outros movimentos “nacionalistas”, não compareceram – nenhum compareceu! -, perdendo assim uma boa oportunidade de provar que quereriam realmente a união ou aliança; também movimentos que prestigiamos, participando de seus eventos, não tiveram a reciprocidade de participar da nossa solenidade, e nem mesmo a boa educação de explicar porque não viriam. Apenas e tão somente a Associação Causa Imperial compareceu e participou ativamente do Fórum Rio 2009, comprovando a honestidade da proposta de ação conjunta de Monarquistas e Integralistas, em todos aqueles objetivos comuns aos dois Movimentos. Idealismo e sinceridade de propósitos, eis a síntese do que é a A.C.I. Propósitos e idealismo duvidosos, eis o que vejo nesses movimentos pseudo-nacionalistas.

O Brasil é um País de dimensões continentais. Tenho, portanto, perfeita consciência das dificuldades que os Companheiros residentes em Estados distantes do Rio de Janeiro tiveram em comparecer ao Fórum, particularmente, quanto ao transporte, pois, temos os transportes mais caros do mundo. Mas, se compreendo a ausência de tais Companheiros, a mesma compreensão não a estendo aos Companheiros dos Estados limítrofes ao Rio, nem tampouco aos Companheiros residentes no próprio Estado, e, principalmente, aos Companheiros residentes na Cidade do Rio de Janeiro, onde foi realizado o Fórum.

É óbvio que a minha indignação, não atinge aqueles Companheiros que por motivo de trabalho, de doença, ou restrição financeira, não puderam vir, mas, que conosco estavam unidos em espírito. Porém, todos aqueles que não vieram por motivos fúteis, por comodismo, preguiça, falta de responsabilidade e disciplina, a estes, não posso deixar de manifestar o meu total DESPREZO. A TODOS, em particular aos Companheiros moradores do Rio de Janeiro, quero alertar que o Integralismo é um movimento voluntário, ninguém é obrigado a ser Integralista, mas, se alguém quer ser um Soldado de Deus e da Pátria, então, exige-se dele SACRIFÍCIO. Que diante do exemplo de Companheiros, que terão dias de trabalho descontados de seus salários porque resolveram comparecer ao Fórum; de Companheiros da Bahia, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de São Paulo, etc., que se deslocaram de grandes distâncias para estar conosco no Fórum; de Companheiros que vieram de Caxias, Niterói, Nova Friburgo, São João de Merití, etc., que transladaram-se de seus Municípios para prestigiar o Fórum; a ausência expressiva de muitos Integralistas da Cidade Rio de Janeiro é INDESCULPÁVEL, exceto, repito, nos casos de doença ou trabalho.

É inadmissível que Companheiros residentes na Cidade do Rio de Janeiro, particularmente naqueles Bairros que possuem acesso fácil ao Centro – o Fórum realizou-se na Rua da Assembléia -, como por exemplo, Botafogo, Copacabana, Tijuca, etc, tenham se ausentado do Fórum. A estes Companheiros, eu tenho duas coisas a dizer:
1º - Vocês perderam! Perderam um momento histórico, em que o Integralismo - representado por seus melhores elementos, unidos espiritualmente àqueles Companheiros de todo o Brasil, que não puderam comparecer por motivos reais e insuperáveis -, foi reafirmado com toda a sua grandeza, em que se escreveu mais uma página gloriosa da nossa Epopéia. E vocês, Companheiros, não estavam lá, falharam com o Sigma, e quem falha com o nosso Movimento está traindo o Brasil.
2º - Vocês deveriam criar vergonha na cara, e parar de mentir para si mesmos e para os outros, pois, vocês se dizem Integralistas, mas, não são, pois, quem não é capaz de abandonar seus compromissozinhos, seus lazeres, suas vidinhas – a julgar pelo comportamento egoísta – bastante medíocres, para trabalhar pelo Integralismo, quem não é capaz de despregar os olhos do próprio umbigo para lutar pelo Povo Brasileiro, quem é um completo inconsciente da responsabilidade que assume quando ingressa no nosso Movimento, evidentemente, só é Integralista da boca para fora, não é um autêntico Revolucionário Integralista, mas, um pequeno burguês dos mais repulsivos, cujo absenteísmo o torna pior que um comunista. Vocês não levaram a sério aquelas palavras do Chefe Nacional Plínio Salgado: “Antes de transpores esta porta, consulta o teu coração: És capaz de renunciar prazeres, ambições, interesses, a própria vida, pela grandeza da Pátria? Se ele te disser “sim”, então entra, e encontrarás aqui teus irmãos e tua glória”. Vocês se dizem Integralistas, mas, não o são, porque desertaram dos seus Irmãos Integralistas e fugiram da Glória.

Aos Brasileiros – Integralistas e não-Integralistas -, que compareceram ao Fórum Integralista do Rio de Janeiro, que têm a perfeita consciência de que cumpriram o seu Dever para com a Pátria e que vivenciaram um momento histórico irrepetível e aos que não puderam comparecer por razões concretas, imperiosas e insuperáveis, saúdo-os: ANAUÊ! ANAUÊ!

Como síntese dos quatro dias de trabalho, o Secretário Nacional de Doutrina e Estudos da Frente Integralista Brasileira, o Companheiro Victor Emanuel Vilela Barbuy, redigiu o “Manifesto da Guanabara”, que foi amplamente debatido e finalmente aprovado no dia 24 de Janeiro, sendo lançado publicamente no dia seguinte, 25 de Janeiro de 2009, no histórico Largo do Paço, em frente ao monumento do General Osório. Em breve, a Frente Integralista Brasileira divulgará o vídeo com os melhores momentos do Fórum Integralista Rio 2009, incluindo, certamente, a leitura do Manifesto, feita pelo Companheiro Victor Emanuel, numa bela manhã ensolarada, naquele local, onde desembarcou D. João VI, onde D. Pedro I disse o famoso “Fico”, onde a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea e onde tantos outros acontecimentos relevantes para a Nacionalidade ocorreram.

Todos os Integralistas – e estou me dirigindo aos Integralistas de verdade -, estão convocados a difundir o “Manifesto da Guanabara”, por todos os meios a sua disposição e em todas as ocasiões.

Companheiros! É a hora da grande arrancada rumo ao Sigma!
Pelo Bem do Brasil!
Anauê!
Sérgio de Vasconcellos.

FÓRUM INTEGRALISTA RIO 2009

Brasileiros!

Em 2009 serão realizados dois Fóruns no Brasil: O Fórum Social Mundial e o Fórum Integralista Rio 2009. O primeiro - uma reunião onde estrangeiros e Brasileiros apátridas simularão um discurso de dissidência à Globalização, trata-se de oposição consentida ao Capitalismo Financeiro Internacional -, terá ampla cobertura de toda a Imprensa, Nacional e Internacional; o segundo, o Fórum Integralista Rio 2009, não terá qualquer cobertura jornalística, exceto por alguma ocasional notícula, invariavelmente caluniando o Integralismo, como é praxe. Todavia, se o Fórum Integralista não é financiado pelo Banqueirismo Internacional, se o Fórum Integralista não terá a presença de milhares de assalariados de Ongs, se o Fórum Integralista não terá uma linha benévola do Jornalismo, o Fórum Integralista terá em compensação algo muito mais precioso: VOCÊ! Sim, você, Brasileiro Consciente, que não se deixa levar e imbecilizar pelo lenga-lenga "politicamente correto". Você, Brasileiro Inteligente, que pensa com a própria cabeça, não aceitando que os meios de comunicação de massa ditem o que deve ser pensado. Você, Brasileiro Politizado, que crê na Verdadeira Liberdade e que recusa participar dessa pantomima, dessa farsa grotesca, que é a falsa liberdade com que o Liberalismo vem enganando os Povos. Você, Brasileiro Nacionalista, que recusa terminantemente o internacionalismo, seja o de direita (Capitalismo), seja o de esquerda (Marxismo). Sim, com a parcela esclarecida da População Brasileira pode contar o Fórum Integralista Rio 2009, enquanto o Fórum da burguesia podre só poderá dispor dos milhares de empregados das Ongs, mas, que serão exibidos na TV como milhares de participantes ‘voluntários’ vindos de todo o mundo...

Portanto, Brasileiro, seja você Integralista ou não, compareça ao Fórum Integralista Rio 2009, pois, sua participação é fundamental para traçarmos os Rumos de nossa Pátria. Mais uma vez, o Integralismo, reafirma o seu papel de Porta-Voz autêntico do Povo Brasileiro, e todos os que amam a Nação Brasileira não poderão deixar de trazer sua contribuição para a Construção do Brasil Grande que todos sonhamos.

Veja o Vídeo sobre o Fórum Integralista Rio 2009: http://www.integralismo.org.br/novo/?

Leia mais sobre o Fórum Integralista Rio 2009: http://www.integralismorio.org/rio2009/

Inscreva-se no Fórum Integralista Rio 2009: http://www.integralismorio.org/rio2009/inscricao.html

Quaisquer dúvidas sobre o Fórum Integralista Rio 2009, escrevam para: rio2009@integralismorio.org

Brasileiro, PARTICIPE!

Pelo Bem do Brasil!
Anauê!
Sérgio de Vasconcellos.

sábado, 21 de agosto de 2010

Eleições Presidenciais de 2010

Integralistas.

Os Candidatos à Presidência da República, no pleito que se realizará - 1º turno - em 3 de Outubro de 2010, são os seguintes:
Dilma Rousseff – PT (Coligação “Para o Brasil Seguir Mudando”: PT-PMDB-PRB-PDT-PTN-PSC-PR-PTC-PSB-PC do B).
Ivan Pinheiro - PCB.
José Maria de Almeida - PSTU.
José Maria Eymael – PSDC.
José Serra – PSDB – (Coligação “O Brasil pode mais" – PSDB-DEM-PTB-PPS-PMN-PT do B).
Levy Fidélix - PRTB.
Marina Silva – PV.
Plínio de Arruda Sampaio – P-SOL.
Rui Costa Pimenta - PCO.

De todos estes, somente os Candidatos José Maria Eymael e Levy Fidélix podem ser sufragados no 1º turno, pois, são os únicos não-comunistas. Todos os demais são comunistas, ostensiva ou disfarçadamente.

Lembrem-se que o voto nulo ou em branco, diminuindo o volume dos votos válidos, favorece a eleição dos Candidatos majoritários, porque altera drasticamente o coeficiente eleitoral.

Não se deixe iludir por pesquisas de opinião e noticiários, pois, a polarização entre os dois comunistas (Dilma Rousseff e José Serra) está sendo artificialmente criada.

Portanto, Companheiros, insisto que apenas os Candidatos José Maria Eymael – Nº 27 -, e Levy Fidélix – Nº 28 -, podem ser Votados pelos Integralistas nas próximas Eleições Presidenciais.
Pelo bem do Brasil!
Anauê!
Sérgio de Vasconcellos.

sábado, 14 de agosto de 2010

O SEPARATISMO, ADVERSÁRIO DO INTEGRALISMO

Sérgio de Vasconcellos.

Ao longo de toda a História do Brasil, forças centrípetas e centrífugas sempre se fizeram sentir. As centrífugas, isto é, aquelas que tendem a desunir o Brasil, a destruí-lo, são internas e externas.

O separatismo é um dos mais perigosos inimigos do Brasil e um dos piores adversários do Integralismo. É uma das forças centrífugas da História do Brasil. Mas, apesar de seu caráter interno, todas as vezes que se manifestou em atos, teve vigoroso apoio de Potências Internacionais, interessadas em destruir a nossa coesão nacional.

O Integralismo posicionou-se contra o separatismo desde a sua Fundação, como se pode constatar no Manifesto de Outubro.

O separatismo aproveita-se dos momentos mais graves de crise nacional, como esse que estamos atravessando, para, através de argumentos econômicos, sociais, políticos e sentimentais, insuflar e difundir sua ideologia anti-Brasil. O Capitalismo Financeiro Internacional custeia essa propaganda, inclusive, financiando “estudos” que demonstram “cientificamente”, que será melhor para todos os Brasileiros, que o Brasil, como o herdamos de nossos antepassados, desapareça do cenário político mundial, dando lugar a meia dúzia de nações nanicas, mas, “prósperas”. Muitos Brasileiros - poucos, felizmente - deixam-se embair por esse canto de sereia.

É comum, também, que os separatistas apelem para exemplos da História Mundial recente, como a Tchecoslováquia, a Iugoslávia e a extinta União Soviética. Ora, esses exemplos não têm qualquer analogia com o Brasil, afinal somos uma SÓ NAÇÃO, desde a Independência. Enquanto que a Tchecoslováquia e a Iugoslávia foram Estados criados artificialmente pelas Potências Ocidentais, após a 1ª Guerra Mundial. Com o fim do Totalitarismo Marxista nesses Estados, as várias nacionalidades que os compunham, finalmente, puderam se auto-determinar, isto é, criaram seus próprios Estados Nacionais. Com a Rússia deu-se o mesmo, com a “débâcle” do regime Totalitário Marxista, diversas Nações que até aí estavam escravizadas, libertaram-se e fundaram seus Estados Soberanos. Como se vê, nada parecido com a nossa História, não existindo qualquer analogia possível que justifique o separatismo de alguns poucos maus Brasileiros.

Reconheço que o separatismo é um fenômeno de dor: Diante do aterrador quadro da miséria que se alastra avassaladoramente por toda a Nação, inúmeros Brasileiros, pressentindo que a crise se abaterá sobre os seus, que a pobreza aproxima-se com todo o seu cortejo de iniqüidades, tomados, possuídos pela dor e pelo medo, esquecem-se dos
vínculos de solidariedade nacional que deveriam unir todos os Brasileiros nos momentos de crise, e propõem como remédio aos problemas nacionais, secionar o País, dividi-lo, esquartejá-lo - o quinto País em extensão territorial, o quarto em área contínua, o primeiro em ecúmeno -, acreditando que a fonte dos nossos problemas são áreas nacionais hoje empobrecidas, que o restante da Nação têm que carregar nas costas. No entanto, esquecem-se esses Brasileiros separatistas que, outrora, essas áreas hoje depauperadas eram as principais produtoras de riquezas para o Brasil, e que transferiram muita renda para todas as regiões do País, esquecem-se que os Brasileiros que vivem nessas regiões são as grandes vítimas da situação e não os criminosos... Mas, então, quem são os responsáveis? As oligarquias que governam o Brasil e que teimam em manter um regime inadequado à realidade nacional e totalmente divorciado dos interesses do nosso Povo. Infelizmente, os Brasileiros separatistas, portam-se com os demais Brasileiros, como um indivíduo egoísta, que vendo um outro tombado na calçada, passando mal, simplesmente vira as costas e afasta-se rapidamente, pensando com os seus botões: isso não é problema meu...

O separatismo não é solução para os problemas nacionais, é um suicídio. Julgo muito mais acertado que sejam examinadas novamente as propostas de re-divisão territorial do País, isto é, aumentar o número de Estados, mas, dentro de critérios rigorosamente científicos, como os propostos por um autêntico Integralista, o Prof. Everardo Backheuser, Pai da Geopolítica Brasileira. O aumento do número de Estados, com a extinção de todas as unidades federadas hoje existentes traria ainda como uma de suas conseqüências benéficas, a destruição lenta e gradativa de todos os pruridos regionalistas e bairristas, que são um permanente caldo de cultura do separatismo.

O separatismo, na verdade, vai ao encontro dos interesses do Capitalismo Internacional, que outra coisa não deseja que a extinção do Brasil, a sua transformação em meia dúzia de republiquetas caricatas, como ele conseguiu fazer com a América de fala espanhola, frustrando os planos de Bolívar para a unidade continental da América do Sul. Esta, que teve um passado colonial de fausto, hoje está fragmentada, dividida em algumas meras repúblicas das bananas, onde os estadunidenses mandam e desmandam. Felizmente, no alvorecer da sua independência política, o Brasil teve um estadista do quilate de Dom João VI, que contrariou os planos da maçonaria e do Banqueirismo Internacional, e por isso é tão vilmente caluniado e reduzido a mero gordalhão, comedor compulsivo de franguinhos e inimigo nº1 do banho...

A internacionalização da Amazônia e o restante do País retalhado em quatro “nações” - tudo com o apoio da ONU e seu conceito “sui generis” de auto-determinação, que vimos pelas intervenções estadunidenses na Bósnia, no Iraque, no Afeganistão, etc., o que de fato significa... - é o grande projeto do Banqueirismo Internacional para o Século XXI. Para controlar militarmente a colcha de retalhos que será a América do Sul - uma vez que o Brasil esteja esfacelado -, os EUA instalou, em 2008, uma poderosíssima Base Militar no Paraguai, coração geopolítico do continente, com a cumplicidade criminosa do atual governo de Assunção, que com esse gesto de traição hipotecou não só o futuro do Paraguai como Nação soberana, mas, o de todas as Nações Sul-americanas. E, agora, vai os EUA se instalando na Colômbia, para garantir militarmente que a internacionalização da Amazônia pela ONU seja obedecida.

Todavia, o separatismo não vingará no Brasil, pois, o Integralismo e as demais forças centrípetas ainda atuantes saberão manter a unidade nacional. Todos os projetos anti- Brasil, internos ou internacionais serão derrotados pelo Sigma.

O Integralismo, a mais orgânica e legítima das Forças Vivas da Nação, a mais telúrica das forças centrípetas de nossa História, continuará em sua Marcha através do futuro, pois, com ele, marcham a Consciência da Nação e a Honra do Brasil.

INTEGRALISTAS: UNIÃO!

GRUPO INTEGRALISTA DA GUANABARA – GIG

(Província Mártir da Guanabara)

Fundado em 11 de Maio de 2005

grupointegralistadaguanabara@yahoo.com.br


INTEGRALISTAS: UNIÃO!

"Juramos, hoje, união, fidelidade uns aos outros, fidelidade ao destino desta geração”.

Manifesto de Outubro – Capítulo 5º

Companheiros!

Hoje, mais do que nunca, a Nação Brasileira encontra-se ameaçada por todos os lados, interna e externamente. Impõem-se aos verdadeiros Integralistas, aos autênticos Soldados de Deus e da Pátria, aos legítimos seguidores e continuadores do Chefe Nacional Plínio Salgado, estabelecer entre si “uma união sem precedentes”, pois, sabemos, que conosco “morrerá ou vencerá uma Pátria”. Também o nosso Movimento foi atingido pelo espírito de desagregação que domina o nosso País, mas, nós, Integralistas, não podemos nos deixar conquistar por tal espírito, pois, Integralismo é soma, é adição, é fusão, é multiplicação, é sinergia, enfim, é união.

Face aos deformadores do Integralismo, que solertemente vão se infiltrando em nossos quadros, devemos reafirmar os nossos princípios doutrinários:

- A existência de Deus.

- A Providência Divina dirigindo os destinos dos Povos.

- A Concepção Integral do Universo e do Homem.

- A intangibilidade da Pessoa Humana e de suas legítimas projeções no espaço, no tempo e na eternidade, isto é, a Propriedade Privada e os Grupos Naturais(a Família, a Profissão, o Município, os Grupos Cultural e Político, a Nação e a Religião).

- O Método Integralista(segundo o qual não existem problemas isolados, pois todos os fenômenos são interdependentes, são correlacionados).

Sobre tais princípios, o Chefe Nacional Plínio Salgado genialmente ergueu essa magistral construção filosófica que é a Doutrina do Integralismo.

É em torno desse imperecedouro monumento intelectual, que devemos cerrar fileiras e dizer um rotundo “NÃO!” aos inimigos do Brasil, particularmente aqueles mais perigosos, isto é, aqueles que se fazem passar por Integralistas, mas, que são meros agentes - conscientes ou não – de potências secretas, que sabem que o Integralismo ainda é a grande força da Unidade Nacional e que deve ser destruído preliminarmente, para que o Brasil possa ser extinto.

Lembremo-nos daquelas proféticas palavras do Chefe Nacional Plínio Salgado, em “Reconstrução do Homem”:

“Mas se os homens não se encontram uns aos outros, não se iluminam com a luz do Espírito e tudo querem interpretar pelas aparências materiais das expressões recíprocas às quais emprestam arbitrariamente as intenções que o seu próprio egoísmo sugere, nesse caso os homens – mesmo se dizendo unidos por pensamentos e objetivos formais – estarão desunidos, enfraquecidos, destruídos de todas as possibilidades de um êxito comum, ainda que esse êxito diga respeito aos mais nobres ideais.

“Assim desagregados, cada qual se governará pela sua presunção e esta será a tenebrosa conselheira que deflagrará a luta entre os que, por dever decorrente de um alto fim pré-estabelecido, deveriam tudo sacrificar para manter a unidade de quantos se aliciaram e se congregaram visando um nobre objetivo.

“Esse estado de espírito vai às últimas conseqüências. A presunção gera a desconfiança; a desconfiança gera as interpretações injustas; as interpretações injustas geram as ações inconseqüentes; as ações inconseqüentes geram, na parte adversa, atitudes de reação, quase sempre também inconseqüentes; as atitudes de reação provocam novas dissenções; as dissenções degeneram em palavras levianas e insinuações malévolas; e, ao cabo de algum tempo, uma comunidade de homens que se uniram com as melhores intenções, torna-se uma matilha de lobos a se entredevorarem.”

“Os ideais humanos, por mais belos que sejam, nada valem, se nós os interpretamos ao clarão colorido dos nossos caprichos, das nossas animosidades, das nossas antipatias, dos nossos ressentimentos, dos nossos interesses que se dissimulam em puritanismos farisaicos; eles valem, à luz branca e pura do nosso Espírito. Pois se objetivos materiais imediatos tudo desunem, o Espírito tudo une, tudo harmoniza, tudo coordena em ritmos perfeitos de ação e de marcha”.

Portanto, Companheiros, devemos deixar de lado, velhos desentendimentos, descabidos anseios de liderança, vaidades intelectuais, enfim, todos os possíveis e fúteis motivos de separação, e levar vigorosamente a Revolução Interior ao mais profundo recesso de nossas Almas, para acordarmos aquelas energias infinitas de que falava Gustavo Barroso.

Irmanados pela Doutrina do Sigma, sabendo exatamente o que somos e o que queremos para o Povo Brasileiro, devemos iniciar uma ação firme, mas, sem quixotismos, isto é, sabendo onde e quando devemos agir, sem alarde desnecessário, e buscando os terrenos de luta em que tenhamos a certeza da vitória, poupando assim nossas energias para as refregas cada vez mais violentas no futuro, sempre preservando nossa mobilidade durante as grandes batalhas, em defesa do Brasil e da Humanidade, que se avizinham inexoravelmente. Devemos criar órgãos próprios de informação, que nos mantenham verdadeiramente cientes da realidade, o que nos permitirá tomar as decisões corretas nos momentos adequados, bem como nos facultarão todos os elementos necessários ao planejamento inteligente, sem o qual nada deve ser empreendido, pois estaria fadado ao fracasso. Tudo isso, obviamente, sob o comando unificado e responsável de lídimos Integralistas.

Nessa encruzilhada da nossa História, lanço esse apelo aos Integralistas:

Unamo-nos Pelo Bem do Brasil!

Anauê!

Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2005.

Sérgio de Vasconcellos

GRUPO INTEGRALISTA DA GUANABARA

grupointegralistadaguanabara@yahoo.com.br

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

OS RACISTAS E SEU ÓDIO AO INTEGRALISMO

Sérgio de Vasconcellos

No Brasil, o racismo tem características “sui generis”. Os racistas, com raras exceções, não se confessam como tal. Vergonha? Medo da Lei Caó (antiga Afonso Arinos)? Vivem a dizer: “eu não sou racista”, mas, não param de falar mal, principalmente, dos mestiços, pelos quais votam um desprezo total. Os racistas nutrem um profundo, visceral e concentrado ódio ao Integralismo. O motivo é simples: O Integralismo não adota ou compartilha descabidas idéias segregacionistas, assumindo uma posição nitidamente antiracista desde a sua Fundação, em 1932.

Os racistas tupiniquins têm desenvolvido toda uma teoria racial surrealista:
1 - A pureza racial.
Que o Brasil foi composto por três “raças”: Amarela, branca e negra - com as suas respectivas culturas próprias -, que só se miscigenaram aqui em nosso País, e que, portanto, é imperioso resgatar tais raízes raciais e culturais, obrigando-se que cada Brasileiro assuma a “raça” e a “cultura” de que proveio...

2 - A miscigenação racial é obra dos comunistas.
Para enfraquecer o Povo Brasileiro, os comunistas fazem a apologia da mistura racial.

3 - O Integralismo é nocivo ao Brasil, pois defende a fusibilidade das raças, os mestiços, e, particularmente, por seu culto ao “caboclo”.

Examinemos cada um desses pontos:
1 - A tese da pureza racial é insustentável. É possível que alguém em sã consciência ache que as diversas raças que vieram para o Brasil, antes de aqui chegarem, nunca houvessem se misturado? Que a miscigenação, que os racistas tanto odeiam, só ocorreu no Brasil? “Milhares de anos” de pureza racial? Ficção científica de má qualidade. Nem um nazista fanático afirmaria uma bobagem semelhante. A Antropologia, a Etnologia, a História, a Geografia, a Biologia, a Geopolítica ou qualquer outra ciência, não corroboram um tamanho disparate. UMA a cultura da raça amarela? Então, um japonês, um tibetano e um borôrô, têm a mesma cultura? Só um indivíduo que jamais compulsou um livro de Antropologia poderia afirmar tamanha tolice.

Desde o Século XVI, todas as raças que aportaram ao Brasil têm se miscigenado, e esse processo contínuo só fez intensificar-se ao longo destes quatro séculos. Querer negar um tal fato, é tapar o sol com a peneira. Querer que um mestiço - a grande maioria do Povo Brasileiro - opte obrigatoriamente por uma das raças de que é descendente, é um absurdo! É uma bobagem!

Certamente, foi pensando nesse tipo de imbecil que o Chefe Nacional escreveu no Manifesto de Outubro: “Criaram preconceitos étnicos originários de países que nos querem dominar”. Não vale a pena insistir mais no exame desse ponto. O Integralismo luta pelo Povo Brasileiro, orgulhosamente mestiço, apesar do horror que isso provoca em todos os racistas.

2 - Afirmar que a miscigenação é discurso e obra da esquerda, é um absurdo, pois a mistura racial é fato constatável por qualquer um que saia de casa e veja o mundo ao seu redor como ele é e não com óculos ideológico nazista. O caldeamento das raças, no Brasil, vem ocorrendo desde o seu Descobrimento, muito antes de Marx e Engels sonharem em nascer, logo, não pode ser obra da esquerda. É preciso ser um completo tapado para defender uma idéia dessas. Diante de tais energúmenos, teimosamente racistas, não posso deixar de lembrar daquelas palavras do Chefe, em “Despertemos a Nação!” (1935): “O nosso grande mal é o semi-analfabetismo, essas massas de homens INCAPAZES DE RACIOCINAR, AVESSOS À LEITURA, REPISADORES DE DUAS OU TRÊS IDÉIAS QUE SE LHES METERAM NA CABEÇA, OPINADORES SUPERFICIAIS EM TODAS AS OPORTUNIDADES, VAIDOSOS, ÔCOS, de gravata e colarinho, enxameando as cidades, parasitariamente.”

3 - O Integralismo não impõe nenhuma mistura racial, ela vem se processando naturalmente ao longo de cinco séculos de história. Quer os racistas gostem ou não, nós somos mestiços, um Povo Mestiço, em pleno processo de caldeamento racial. Protestem o quanto quiser, contra fatos não existem argumentos. Mesmo que alguém se julgue um “ariano” racialmente falando, já é um mestiço culturalmente, goste ou não... A maior parte de nossa população é de mestiços. O discurso racista, além de ser grossa bobagem, é de nítida inspiração nazista. O Integralismo é pela harmonia de todas as raças e pela Cultura Brasileira.

De fato, no Integralismo não há lugar para racismo, isso está estabelecido desde o Manifesto de Outubro, com o qual Plínio Salgado fundou o Integralismo Brasileiro em 1932, e onde já denunciava: “Os brasileiros das cidades não conhecem os pensadores, os escritores, os poetas nacionais. Envergonham-se também do caboclo e do negro da nossa terra”.

Nenhum Integralista é racista. Se existe alguém que se diga Integralista e é racista, então, ele, de fato, NÃO É INTEGRALISTA, é um pseudo-Integralista ou um neo-Integralista, pois, não há lugar para um racista no Integralismo. Foi assim no passado e é assim no presente, como posso testemunhar, pois, estou há trinta anos no Movimento Integralista, tendo participado de Reuniões Integralistas em variados pontos do território nacional, e posso garantir que sempre tivemos e TEMOS pessoas de todas as “cores” nas nossas fileiras. Certa feita seguindo instruções do saudoso Companheiro Dr. Sebastião Cavalcante de Almeida, Chefe Nacional da nova Ação Integralista Brasileira, remeti ao então segundo maior jornal diário do Rio de Janeiro, uma Declaração Oficial na qual afirmava que o Integralismo não era e nunca fora anti-semita. O periódico publicou a Nota na Seção de Cartas dos Leitores, e com isso ganhei duas réplicas: Uma, no próprio jornal, em que um badalado escritor comunista, em artigo de meia página, após dizer as bobagens de sempre, me definiu como um “mentiroso e cara-de-pau”... (imediatamente, escrevi uma carta ao dito jornal em que esmagava o canalha e demonstrava que ele era apenas um asno pomposo, mas, obviamente aquela missiva jamais foi publicada; hoje, aquele outrora prestigioso e independente órgão da imprensa brasileira é uma sombra de si mesmo, sobrevivendo graças a capitais estadunidenses). A outra réplica veio através de um Manifesto do Partido Nazista Brasileiro, onde o Integralismo foi acusado de ter sempre estado a serviço dos judeus, e também onde fui particularmente atacado e denunciado como amigo e lacaio dos judeus... Acredito que seja o único Integralista com o título de filo-judeu passado pelo Partido Nazista...

Sendo o Chefe Nacional Plínio Salgado, oriundo do interior do Estado de São Paulo, onde o caboclo (mestiço de branco com índio) é predominante, naturalmente a figura do caboclo assumiu um relevante papel na sua produção literária. Assim, Juvêncio, Edmundo Milhomens, Maranduba e Martinho, todos caboclos, são personagens marcantes nos seguintes romances do Fundador do Integralismo: “O Estrangeiro” (1926), “O Esperado” (1931), “O Cavaleiro de Itararé” (1933) e “A Voz do Oeste” (1934). Com muita propriedade protestava o Chefe em “Despertemos a Nação!” (1935): “O semi-analfabeto é o cidadão que sabe ler e escrever e que, por isso, se julga superior ao pobre caboclo que lavra a terra e ao operário que produz nas fábricas”. É perfeitamente compreensível que essa inclinação de Plínio Salgado para o caboclo influenciasse todos os Integralistas. Ainda em 1991, o Companheiro Ubiratan Pimentel, para chocar e horrorizar a sensibilidade pequeno-burguesa dos racistas, escreveu no Manifesto da Juventude Integralista: “Proclamamos os direitos inalienáveis da Raça Cabocla, em face da imposição de uma excrescência cultural alienígena, perpetrada por ideologias étnico-políticas e pseudo-religiosas que se comportam como fatores de desagregação, abalando sub-repticiamente a Cultura Brasiliana, através de quistos sócio-culturais”.

O que é o racismo? É a negação do Brasil como um País pluri-étnico e a recusa de uma Cultura Brasileira. O Integralismo, desde o seu surgimento pugna pela criação de uma cultura, a Cultura Brasileira: “Nós, brasileiros unidos, de todas as Províncias, propomo-nos criar UMA cultura, UMA civilização, UM modo de vida genuinamente brasileiros” (Manifesto de Outubro).

Justamente na questão racial, o Integralismo acredita que um grande papel está reservado ao Brasil. Eis o que diz Plínio Salgado no seu livro “A Quarta Humanidade” (1934):
“Que missão estará reservada a esta grande Pátria? Que contribuição trará ela à Humanidade do futuro? Tudo nos indica que se desafogarão em nós, E AQUI DESAPARECERÃO, TODOS OS ÓDIOS DE RAÇAS e de religiões,(...)”.
“É preciso, entretanto, para que um dia tenhamos o dom da palavra, QUE NÃO DEIXEMOS AQUI PREDOMINAR NENHUMA DAS FEIÇÕES JÁ DEFINIDAS DA VELHA CIVILIZAÇÃO QUE AGONIZA, depois da Grande Guerra, porque o seu ciclo está definitivamente encerrado...”
“Nós somos UM POVO QUE COMEÇOU A EXISTIR DESDE A MORTE DE TODOS OS PRECONCEITOS, quando as três raças se fundiram, (...)”.
“Nossa Pátria nasceu da confraternização das raças, DAS GRANDES NÚPCIAS HISTÓRICAS (...)”.
“(...) A FUSÃO das três raças iniciais ensinou-nos o amor da humanidade, e de tal modo ampliou a nossa possibilidade de amar, que diante desse sentimento, RUÍRAM TODOS OS PRECONCEITOS, todas as prerrogativas, como deixaram de existir todos os ódios. (...)”.
“AS CORRENTES IMIGRATÓRIAS, QUE NOS PROCURAM, TERÃO DE RENUNCIAR O PASSADO, CONDIÇÃO QUE FOI IMPOSTA AOS NOSSOS AVÓS, QUANDO PASSARAM A TERRA AMERICANA. E nós devemos acolhê-los, SEM NOS SUJEITARMOS A QUAISQUER IMPOSIÇÕES que tragam o cunho de velhos prejuízos europeus, ou QUE TENHAM EM MIRA PERPETUAR, DENTRO DE NOSSA PÁTRIA, FEIÇÕES NACIONAIS ESTRANGEIRAS”.
“A América do Sul vai erguer-se, pelo milagre do Brasil. O BRASIL CABOCLO, o Brasil forte, o Brasil do sertão, o Brasil bárbaro e honesto, num ímpeto selvagem, vestiu uma farda da cor das nossas matas e desfraldou uma bandeira da cor do céu”.

O racismo é um pensamento unilateral e fruto da ignorância, portanto, inteiramente incompatível com o Integralismo. É inimaginável um Integralista dirigir-se a um outro Brasileiro, chamando-o de mulato, branco, cafuzo, carcamano ou qualquer expressão preconceituosa semelhante. O Camisa-Verde não julga ninguém pela cor da epiderme. “O homem vale pelo trabalho, pelo sacrifício em favor da Família, da Pátria e da Sociedade. Vale pelo estudo, pela inteligência, pela honestidade, pelo progresso nas ciências, nas artes, na capacidade técnica, tendo por fim o bem-estar da Nação e o elevamento moral das pessoas”. É o Valorímetro Integralista exposto por Plínio Salgado, no Manifesto de Outubro.

O Integralismo não tem bandeiras raciais de qualquer tipo: “Veja, pois, que o nosso ponto de vista é superior a respeito deste problema. NÃO COMBATEMOS NEM RAÇAS nem classes: insurgimo-nos contra uma civilização”. “O problema do mundo é Ético e NÃO ÉTNICO”.(Plínio Salgado, “Trechos de uma Carta”, Panorama - Nº 4 e 5 - Abril e Maio de 1936).

O Integralismo e a Revolução Comunista de 1935

Sérgio de Vasconcellos

Ao Companheiro Valmir Soares Jr.

Nos dias finais de Novembro de 1935, vivendo o Brasil em plena Democracia, sob a égide da Constituição social-democrática de 1934, alguns Brasileiros, civis e militares, magnetizados pelo marxismo-leninismo – uma ideologia estrangeira, internacionalista, imperialista, materialista, totalitária e anti-democrática -, desfecharam um golpe revolucionário visando destruir as liberdades públicas e instaurar um Estado Totalitário. Tal revolução, mais conhecida pelo antipático nome de “Intentona Comunista”, custou a vida de dezenas de Brasileiros – muitos dos quais Integralistas -, e que teve sua nada heróica culminância no episódio tristemente célebre do 3º RI, na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, quando militares comunistas assassinaram covardemente colegas de farda ainda dormindo.

Apesar de toda a articulação - secreta e de procedência internacional -, a insurreição bolchevista estourou apenas nas cidades de Natal, Recife e Rio de Janeiro, malogrando inteiramente. Ora, qual a principal razão do fracasso comunista?A ação fora minuciosamente concebida e a certeza de seu sucesso era tão grande, que Stálin enviou ao nosso País três comunistas de sua inteira confiança – que seriam os verdadeiros governantes do Brasil, agindo por trás de Luís Carlos Prestes, o líder oficial – Harry Berger, a esposa deste (Elise) e Olga Benário, que ao contrário da vulgata romântica, não se uniu a Prestes por “amor”, mas por ordem do Komintern...

Se formos ouvir os discursos nas Comemorações oficiais do esmagamento do levante e de Homenagem aos seus Mortos, teremos a impressão que foi a pronta reação das Forças Armadas que impossibilitou o sucesso comunista. Por mais que nos desagrade desmentir as Autoridades Nacionais, particularmente, as das nossas Forças Armadas, que desde a Guerra Holandesa só tem honrado o Brasil, infelizmente, somos obrigados a dizer em nome da Verdade que, a versão oficial é falsa e que as explicações que até aqui têm sido dadas pelos historiadores para a derrota comunista em 1935, salvo as honrosas exceções de praxe, são insuficientes e equivocadas.

Então, perguntar-me-ão, afinal, qual é a Verdade? Respondo:

A principal razão para o total fracasso da Revolução Comunista de Novembro de 1935 chama-se... INTEGRALISMO!

Se os Militares chamam para si a inteira responsabilidade da vitória da legalidade, se os historiadores, em sua maioria, desconhecem os acontecimentos, isto não altera a substancialidade do fato histórico. Os Integralistas, os únicos Brasileiros que pressentiam estar sendo algo tramado contra o Brasil pela 3ª Internacional, foram os primeiros a opor-se ao levante comunista, inclusive apresentando-se em instalações militares – quando a cadeia de comando e comunicação do Exército estava completamente rota -, o que impediu que diversas unidades militares fossem tomadas ou sublevadas pelos Vermelhos, como por exemplo, meu Tio, Geraldo de Paula Lopes, a frente de um Grupo de Integralistas no Quartel de Campinho, no Rio de Janeiro.

Todavia, a Heróica iniciativa dos Integralistas, que foi seguida pela ação de outros civis patriotas e finalmente pelas Forças Armadas, não teria talvez logrado o êxito obtido se muito antes de 1935, o Integralismo, não tivesses se lançado a tarefa de esclarecer o Povo Brasileiro e construir uma consciência cívico-política. Graças ao metódico trabalho da Acção Integralista Brasileira foi quase que por completa anulada a infiltração marxista nos Quartéis, o que privou a Revolução Comunista de elementos humanos preciosos, sem os quais a Revolução Vermelha já estava fadada ao fracasso.

Curiosamente, se Militares e Historiadores ignoram ou fingem ignorar a participação vital do Integralismo no debelamento da revolta marxista, os derrotados, isto é, os Comunistas, reconhecem-na lealmente, o que se comprova por uma Carta-Circular de 1936, em que Prestes explicava o insucesso e, entre outras coisas, dizia:

“Eu pensava agir de outro modo bem diferente” – refere-se à revolução comunista de 1935 – “como já tinha tido oportunidade de me manifestar aos camaradas mais chegados, PRINCIPALMENTE DEPOIS DO FENÔMENO INTEGRALISTA, que escapou por completo às minhas cogitações. Informei em sessão secreta do Comintern que, antes de tentar qualquer golpe no Brasil, era necessário:

“(...).

“3º) – EXTINGUIR OU PELO MENOS ENFRAQUECER O INTEGRALISMO”.

O próprio Dimitroff o reconheceu:

“Não foi possível vencermos no Brasil porque tivemos a leviandade de subestimar a força e a influência que o Integralismo representava”.

Então, Dimitroff expede novas instruções gerais, em 1936:

“1 – Exercitar as massas populares no movimento anti-nacionalista (fascismo, nazismo, “Croix du Feu”, INTEGRALISMO e outras organizações anti-comunistas); atrair para essa luta a pequena burguesia(classes liberais), reservando-lhes um lugar para as reivindicações que tiverem, na frente-popular democrática.

“(...)”.

Enfim, o malogro da Revolução Comunista acabou por originar a seguinte diretiva, também de Dimitroff, que é seguida maquinalmente até hoje pelos comunistas e pela burguesia apátrida:

Concentrant lê feu contre “les chefs” intégralistes et la politique hitlerienne du gouvernement, soulignant que ces “chefs” sont des agents des groupes les plus réactionnaires de l’impérialisme, il faut partout lutter pour lê front démocratique national-libérateur, surtout à la base y compris celle de l’Action Integraliste. Il faut mobiliser les masses pour qu’elles exigent des deux candidats (Armando Salles et José Américo) non des phrases vides pour la “démocratie”, mais une attitude nette devant les problèmes concrètes de la démocratization du pays, qui exige, pour commencer, la libération de Prestes e de sés compagnons, leur amnistie totale, l’établissement d’um regime de libertes démocratiques, etc”.

Traduzindo para o nosso idioma a parte que mais nos interessa desse precioso documento:

Concentrando o fogo contra “os chefes” integralistas (...), sublinhando que esses “chefes” pertencem aos grupos mais reacionários do imperialismo, lutar em toda a parte pela frente democrática nacional-libertadora, principalmente na base, incluindo a luta contra a Ação Integralista.(...)”.

Σ

Todas estas reflexões de caráter histórico são importantíssimas, quando sabemos que o marxismo – que muitos bisonhos acham que desapareceu com a sinistra União Soviética – está conspirando ativamente para instaurar no Brasil um Estado Totalitário, com o seu cortejo de horrores. Hoje, mais do que nunca, o Brasil necessita dos Integralistas, e que o exemplo dos Companheiros que nos antecederam na Revolução Integralista nos sirva de seguro farol de orientação na nossa luta por Deus, pela Pátria e pela Família.

BIBLIOGRAFIA:

1 – Custódio de Viveiros

“Os Inimigos do Sigma”

Rio de Janeiro – Livraria H. Antunes – 1936 – 200 págs.

2 – Plínio Salgado

“O Communismo contra o Brasil”

Rio de Janeiro – s/ed. – 1937 – 31 págs.

3 – Plínio Salgado

“Páginas de Combate”

Rio de Janeiro – Livraria H. Antunes – 1937 – 189 págs.

4 – Plínio Salgado

“Discursos(1ª Série – 1946/1947)” – 1ª edição

São Paulo – Cia. Ed. Panorama – 1948 – 190 págs.

5 – Plínio Salgado

“O Integralismo perante a Nação” – 4ª edição

em

“Obras Completas de Plínio Salgado” – vol. 9.

São Paulo – Editora das Américas – 1955 – 423 págs.

6 – Plínio Salgado

“Doutrina e Tática Comunistas (Noções Elementares)” – 1ª edição

Rio de Janeiro – Livraria Clássica Brasileira – 1956 – 155 págs.

7 – Plínio Salgado

“Livro Verde da Minha Campanha” – 2ª edição

Rio de Janeiro – Livraria Clássica Brasileira – 1956 – 270 págs.

8 – Plínio Salgado

“Palestras com o Povo

“(Irradiações do programa das terças-feiras na Rádio Globo em 1957 e 1958)”

Rio de Janeiro – Livraria Clássica Brasileira – 1959 – 195 págs.

9 – Plínio Salgado

“O Integralismo na Vida Brasileira”

Rio de Janeiro – Edições GRD/Livraria Clássica Brasileira – s/d – 269 págs.

“Enciclopédia do Integralismo” – Vol. I

10 – Plínio Salgado

“Discursos Parlamentares”

Seleção e introdução de Gumercindo Rocha Dorea

Brasília – Câmara dos Deputados – 1982 – 982 págs. – il.

Perfis Parlamentares – vol. 18.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Ismos"

Sérgio de Vasconcellos

O Integralismo é... Integralismo! Não é socialismo, comunismo, nazismo, fascismo, capitalismo, liberalismo, etc.

No entanto, é comum aos pseudo-integralistas querer atrelar o Integralismo com um “ismo” de sua preferência...

Infelizmente, um dos “ismos” prediletos dos pretensos “Integralistas” é o nazismo - aliás, a popularidade de que goza o nazismo no Brasil e em outros países, só se explica pela intensa propaganda que o cinema estadunidense fez dele no pós-guerra... -, e, no entanto, o Integralismo não tem semelhança alguma com o nacional-socialismo, nem é tributário ou caudatário da ideologia hitlerista. Na verdade, o nazismo tem muita semelhança com o... comunismo...

São inumeráveis as dessemelhanças entre o Integralismo e o nazismo, mas, vejamos algumas:

O Integralismo é uma Doutrina Política genuinamente nacional. O nazismo é uma ideologia estrangeira, tão perniciosa quanto o anarquismo, o marxismo, o liberalismo, e outras que sejam igualmente importadas.

O Integralismo é nacionalista. O nazismo é internacionalista, como o comunismo.

O Integralismo é anti-imperialista. O nazismo é imperialista, como o comunismo.

O Integralismo é Democrático (defendemos a Democracia Orgânica), o nazismo é antidemocrático, da mesma forma que o comunismo.

O Integralismo é Espiritualista. O nazismo é materialista, como o comunismo.

O Integralismo é pela fusibilidade racial, logo, anti-racista. O nazismo é racista, enquanto o comunismo é pelo predomínio do operariado, ou seja, é apenas uma outra forma de discriminação...

O Integralismo é pelo Princípio de Autoridade. O nazismo é autoritário e o comunismo também.

O Integralismo é Sindicalista, o nazismo é anti-sindical. O nazismo tão logo chegou ao poder, fechou todos os sindicatos e os substituiu pela Frente Alemã do Trabalho, inspirada nas CGTs comunistas, algo parecido com a CUT...

O Integralismo defende o pluripartidarismo. O nazismo é pelo partido único, exatamente como o comunismo.

O Integralismo defende a Liberdade. O nazismo e o comunismo suprimem toda e qualquer liberdade.

O Integralismo é anti-totalitário. O nazismo e o comunismo são totalitários. Aliás, ambos procedem da mesma matriz, o idealismo hegeliano (o marxismo, oriundo dos hegelianos de esquerda, enquanto o fascismo e o nacionalsocialismo, dos hegelianos de direita). Já o Integralismo alinha-se com o aristotélico-tomismo, ou seja, com o realismo.

Poderíamos prosseguir enumerando as diferenças entre o Integralismo e o nazismo, mas, as que apontamos são suficientes para comprovar que Integralismo e nazismo são completamente distintos.

Historicamente, o nazismo sempre combateu o Integralismo nas regiões de colonização alemã no Brasil. A imprensa nazista nos acusava de querer “caboclizar” o ariano... E, de fato, o Integralismo resgatou para o ecúmeno nacional uma quantidade incrível de Brasileiros de origem alemã, para tanto, foi necessário publicar muito material em língua alemã, pois era o único idioma que dominavam milhares de Brasileiros em pleno Brasil! Até um jornal diário em língua alemã publicávamos no Sul do Brasil para atingir aqueles Brasileiros.

O Integralismo jamais apoiou o Eixo, nem antes, nem durante a Guerra. Antes, como já dissemos, nas áreas de colonização alemã, o Integralismo e o nazismo se antagonizavam fortemente. Uma vez deflagrada a Guerra - e o Integralismo estava oficialmente fechado -, Plínio Salgado orientou aos adeptos do Sigma de que, no caso do Brasil entrar na Guerra, os Integralistas deveriam apoiar o Governo, pois, na hora do perigo, a Nação deve estar unida. Sobre tudo isso, existe farta documentação.

Esta absurda e inverídica associação do Integralismo com o nacional-socialismo é uma opinião muito generalizada. Mas, se um meu interlocutor, quando me digo Integralista, faz a “ponte” com o nazismo, deixa claro que ele não conhece o que é o Integralismo, nem sabe o que de fato foi o nacionalsocialismo. Assim, exponho sucintamente - como fiz nos parágrafos precedentes - as diferenças entre a Doutrina Integralista e a ideologia nazista. Se o meu interlocutor compreende, ótimo, caso contrário, azar o dele, e vou conversar com alguém inteligente...

Enfim, o Integralismo é uma Doutrina completa que dispensa aproximações com quaisquer ideologias. Dediquemo-nos, Companheiros Integralistas, mais ao estudo das Idéias Integralistas, e esqueçamos aquelas ideologias que, como já demonstrou Plínio Salgado, são unilaterais e contrárias aos interesses do Brasil.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

O Integralismo e as Religiões

Sérgio de Vasconcellos

Obviamente um tema conexo ao de Deus é o da Religião. Quase todos os pseudo-Integralistas e neo-Integralistas atacam as Religiões. Faz-se assim necessário também aqui aclarar a questão.

O Integralismo não combate religiões. Eis o que diz o Documento Oficial “Diretrizes Integralistas”:
“XVI) - O Integralismo, visando promover o aperfeiçoamento moral e espiritual da Nação, declara-se pelo espiritualismo contra todas as correntes materialistas de pensamento e de ação, que acobertadas pelo liberalismo, vêm exercendo a sua obra nefasta de desintegração de todas as forças vivas da Pátria.
“XVII) - Dentro deste critério, o Integralismo propõese respeitar integralmente, a liberdade de consciência e garantir a liberdade de cultos desde que não constituam ameaça à paz e à harmonia social.”

O Integralismo é definidamente Cristão, realmente. Todavia, o Integralismo é uma Frente Ampla Espiritualista, onde podem ingressar Brasileiros de todos os credos religiosos. Como Frente Ampla Espiritualista, reunindo Cristãos e não-Cristãos, num amplo Ecumenismo, o Integralismo combate ativamente o Materialismo avassalador do Mundo Moderno, isto é, o Capitalismo e o Marxismo (as formas mais preponderantes de Materialismo hoje).

Assim, o Integralista pode pertencer àquela Religião que julgar a verdadeira, Cristã ou não-Cristã.

Este Ecumenismo amplo do Integralismo foi muito criticado na década de 30 por muitos Católicos, mas, ele tem apoio em duas Encíclicas do Papa Pio XI. Hoje, critica-se uma suposta dependência do Integralismo ao Catolicismo... , dizem que é um absurdo os Católicos submeterem-se à Infalibilidade Papal e por aí vai o besteirol. Pois bem, gostem ou não os pretensos Integralistas, os Católicos têm tanto direito de participar do Integralismo, quanto os membros de quaisquer outras Religiões. O próprio Chefe Nacional Plínio Salgado era Católico, como todos sabem, e jamais saiu criticando outras Religiões, mesmo tendo escrito diversos livros de caráter religioso, como “Vida de Jesus”, “São Judas Tadeu”, “A Tua Cruz, Senhor!” e outros. Por outro lado, é verdade que alguns Católicos que compreendem equivocadamente o chamado Tradicionalismo Católico, negam o Nacionalismo e defendem um mero Patriotismo (Gustavo Corção, para citar um exemplo conhecido), mas, essa é a posição de uma suposta corrente Católica e não do Catolicismo. O Integralismo foi elogiado por inúmeros Bispos e líderes do laicato Católico, o que não ocorreria se houvesse uma contradição entre Integralismo e Catolicismo. Um Católico pode ser Integralista, não havendo conflito algum para a sua consciência.

Desde os anos 30 é terminantemente proibido discutir-se Religião no Integralismo, para que nenhum Companheiro se sentisse ofendido na sua crença mais importante, afinal, repito, somos uma Frente Ampla Espiritualista visando o combate ao materialismo em todas as suas formas.

Uma última observação: É possível que algum leitor esteja pensando, “não sou materialista, pois sou completamente desapegado aos bens materiais, porém, sou ateu, não acredito em Deus”. Ao ilustre leitor que assim esteja raciocinando, digo,inicialmente, que é moralmente louvável um tal desapego aos bens materiais, porém, não é disso que estou falando.

O Integralismo utiliza-se do conceito filosófico de materialismo, isto é, materialismo é aquela concepção de que nada existe no Universo além do plano material, tudo se originando e se explicando pela própria Matéria. Ora, o Integralismo rejeita esta concepção reducionista da Realidade e afirma que além da Matéria existe o Espírito, afirmando a existência de Deus, a Divina Providência interferindo na História, a imortalidade da Alma Humana.

Ser materialista é não crer em Deus, apenas na Matéria.

É imprescindível ao Integralista a crença em Deus. É claro que o Integralismo não proíbe ninguém de ser ateu, mas, nas fileiras do Sigma, os ateus e agnósticos não são aceitos, pois nossa Doutrina baseia-se numa nítida concepção espiritualista do Universo e do Homem, da qual decorre necessariamente todo o restante dos nossos postulados teóricos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Deus no Integralismo

Sérgio de Vasconcellos

Muitos pseudo-Integralistas ou neo-Integralistas, rejeitam a idéia de Deus e proclamam-se ateus (uns poucos se dizem agnósticos).

No entanto, a crença em Deus é fundamental na Doutrina Integralista. O Integralismo afirma peremptoriamente a existência de Deus, e critica e condena o ateísmo e o agnosticismo.

A questão de Deus não é despicienda para o Integralismo. Plínio Salgado, na “Quarta Humanidade”, nos diz:
“A concepção do Estado e da Sociedade está ligada à concepção do próprio Universo. É da idéia do Cosmos que deriva o senso das finalidades humanas. É do sentido das finalidades humanas que procede o pensamento da organização social. É do pensamento da organização social que decorre a orientação política, com influencia, por sua vez, na Sociedade e no Estado.”

No Integralismo, Deus vem antes de tudo. Eis o que dizem as “Diretrizes Integralistas”:
“I) O Integralismo compreende o Mundo de um modo total, e pretende construir a Sociedade, segundo a hierarquia de seus valores espirituais e materiais, de acordo com as leis que regem os seus movimentos e sob a dependência da realidade primordial, absoluta e suprema, que é Deus.
“II) Essa hierarquia, na qual se fundam o princípio e o exercício da Autoridade, faz prevalecer o Espiritual sobre o Moral, o Moral sobre o Social, o Social sobre o Nacional, e o Nacional sobre o Particular”.

O Chefe Nacional Plínio Salgado, iniciou o Manifesto de Outubro - documento de fundação do Integralismo -, com a seguinte frase: “Deus dirige os destinos dos Povos”. E, mais recentemente, dentro do melhor espírito Integralista, assim começa o Manifesto da Juventude: “Deus está acima de tudo”.

Conseqüentemente, um “Integralista” ateu ou agnóstico, não é um Integralista de fato. Não há lugar para ateus e agnósticos nas fileiras do Integralismo.

Antes de terminar, apenas mais um comentário: É muito curioso que os comunistas - ateus por definição ideológica - critiquem a nossa crença em Deus. Parece-me bem melhor acreditar na existência de Deus, do que acreditar no marxismo, que já demonstrou o seu fracasso em todos os países em que chegou ao poder...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Gustavo Barroso

Sérgio de Vasconcellos

Os detratores do Integralismo querem transformar Gustavo Barroso em um cavalo de batalha contra o Sigma, acusando-o falsamente de nazista, anti-semita, etc.

Ora, Gustavo Barroso foi a segunda figura do Integralismo, tendo sido o líder da Milícia e depois o Secretário Nacional de Educação, logo, jamais foi nazista, nem suas idéias se aproximavam do nazismo. O saudoso Companheiro Jayme Ferreira da Silva, no “A Verdade sobre o Integralismo”, refuta em definitivo estas calúnias contra Gustavo Barroso, aliás, as Edições GRD reeditaram tal trabalho, que infelizmente não se encontra a venda em todas as Livrarias, devido ao cerco cultural imposto ao Integralismo.

A Doutrina Integralista não é, nunca foi e jamais será anti-semita ou anti-judaica. O Chefe Nacional Plínio Salgado jamais perdeu seu tempo tratando disso. Em “O que é o Integralismo”, “Psicologia da Revolução” e na “Quarta Humanidade”, entre outras, Plínio Salgado explica-nos com clareza como o Mundo e o Brasil chegaram à situação lamentável em que se encontram, sem precisar lançar mão de qualquer teoria conspiratória. Todavia, Barroso, sem negar validade à interpretação do Chefe, pessoal e particularmente acreditava que estava em curso uma conspiração para a escravização de toda a Humanidade. É um ponto de vista adotado ainda hoje por muitos, Integralistas, não-Integralistas e até anti-Integralistas (para estes últimos, nós, Integralistas, também somos agentes desta conspiração...). O Integralismo basta a si mesmo, não precisa ser ‘enriquecido’ por outros “ismos”. Quero enfatizar, Gustavo Barroso, não era racista, pelo contrário, era anti-racista.

Quando uma editora gaúcha, a Revisão, anunciou que iria reeditar TODA a obra de Gustavo Barroso devo confessar que, infelizmente, não acreditei, e por dois motivos: 1º) A Obra Barrosiana é tão vasta (só perde para a de Coelho Netto), que escaparia completamente de sua capacidade editorial. 2º) A posição ideológica do editor, o levaria a publicar somente os volumes dedicados às Questões Judaica e Maçônica. Todas aspublicações da Revisão devem ser usadas com cautela, pois, contêm inúmeros erros (de tradução, de gramática, de digitação, diagramação, etc.), faltou revisão... Além das liberdades que a editora toma, por exemplo, a reedição dos “Protocolos” contem notas do editor e uns comentários, no final, totalmente dispensáveis. Razão pela qual, muitos preferem as edições da Minerva, dos anos 30. A Obra Integralista de Barroso não é pequena: “O Integralismo em Marcha”, “Brasil - Colônia de Banqueiros”, “O Integralismo de Norte a Sul”, “O Quarto Império”, “A Palavra e o Pensamento Integralista”, “História Militar do Brasil”, “O que o Integralista deve Saber”, “O Integralismo e o Mundo”, “Espírito do Século XX”, “História Secreta do Brasil”(3 vols.), “A Sinagoga Paulista”, “Judaísmo, Maçonaria e Comunismo”, “Integralismo e Catolicismo”, “Reflexões de um Bode” e “Comunismo, Cristianismo e Corporativismo”. É o segundo Autor Integralista em número de livros, só perdendo para o Chefe, e superando Reale, que só publicou sete livros de Doutrina. Não são Obras Integralistas, “Os Protocolos dos Sábios de Sião” e “Maçonaria - Seita Judaica” (de autoria de I. Bertrand), que apenas foram traduzidas pelo Barroso. Os “Protocolos” foram publicados originalmente em russo, em 1902, quando Plínio contava sete anos de idade e era uma criança livre e despreocupada, brincando alegremente em São Bento do Sapucaí. O Integralismo surgiria muito depois.

Outro mito que deve acabar: Não existe nenhuma “caça” aos livros de Gustavo Barroso nos sebos, e o afirmo com autoridade de quem trabalha há mais de vinte anos no ramo dos livros usados. Vou dizer algo que certamente desagradará a alguns concorrentes: Os Livreiros inventam tais histórias para valorizar as obras que desejam vender. Eis alguns exemplos:

A Igreja Católica manda comprar todos os exemplares do “Os Crimes dos Papas”, onde seria narrada a história criminosa do papado. Aqui no Rio, chegava-se a mencionar o nome do Cardeal. Até eu acreditei bisonhamente na história e esperava para qualquer momento a visita de um representante da Cúria Arquiepiscopal... O tempo foi passando, o enviado do Cardeal não aparecia... , e, finalmente, um exemplar da obra caiu-me nas mãos, imediatamente fui lê-lo. Então percebi o logro, o livro é uma porcaria, totalmente fantasioso, fictício, enfim, uma droga. Certamente a Igreja não ia preocupar-se com aquele lixo. Em pouco tempo constatei que os Católicos não dão a menor importância ao livro, considerando “Os Crimes dos Papas” um trabalho sem seriedade; só os Maçons e Espíritas o adquiriam e, ao fazê-lo, ainda repetiam a cantilena mitológica criada por comerciantes inescrupulosos para tosquiá-los... Confesso que ganhei dinheiro. Agora, “Os Crimes” foram reeditados e o seu preço caiu. Mas, tenho certeza que algum Livreiro esperto vai espalhar que a nova edição foi adulterada pela Igreja Católica, que a melhor é a edição antiga, esgotada, raríssima e que a Igreja Católica compra para destruir! E muitos ingênuos vão acreditar e pagar preços exorbitantes por um livro que não vale o papel em que está impresso.

A Igreja Católica compra, para destruir, todos os exemplares do livro “O Papa e o Concílio”, de Janus, que foi traduzido por Rui Barbosa. Que o livro não é mais publicado porque o renomado jurista reconciliou-se com a Igreja e, por insistência das Autoridades Eclesiásticas, concordou que não fosse mais reeditado. Agora, os fatos: Rui Barbosa foi convidado por Saldanha Marinho, líder da Maçonaria, para prefaciar um livro totalmente anti-católico sobre o Concílio Vaticano(o Primeiro), escrito por um Maçon sob o pseudônimo de Janus. Rui Barbosa que passava por uma fase anti-clerical aceitou a encomenda e escreveu um prefácio que ocupa 3/4 do livro(!), onde não poupa críticas ao Papado. Não é verdade que não tenha sido reeditado e esteja esgotado, como propalam muitos Livreiros, pois, faz parte das Obras Completas de Rui Barbosa e pode ser comprado na Casa de Rui Barbosa por um preço inferior ao dos Sebos... onde incautos Maçons e Protestantes o compram e se deliciam com o seu ultrapassado anti-clericalismo.

A “Monita Secreta”, livro onde constariam as instruções secretas dos Jesuítas, seria outra obra “caçada” nos Sebos, para a destruição, pelo discípulos de Santo Inácio de Loiola. Pois bem, a “Monita Secreta” é outro livro forjado pelo espírito anti-religioso do Século XIX, não é obra dos Jesuítas e estes não o procuram pelos Sebos, somente Maçons ainda acreditam nesta basófia e o compram. Também foi reeditado recentemente.

Não existem, pois, comandos de Judeus e Maçons varrendo os Sebos atrás dos célebres “Protocolos”. Mas, não é isso o que contam os meus concorrentes... E por conta da lenda cobram caríssimo, principalmente se for a tradução de Gustavo Barroso, que é a melhor. Aliás, mesmo com a reedição da versão do Barroso, os preços dos “Protocolos” não caíram nos Sebos, pelo contrário, aumentaram muito. Chegou-nos ao conhecimento de que a política da Comunidade Judaica em relação a este livro é apresentar uma queixa de anti-semitismo contra o LIVREIRO, que tem de ir a Delegacia se explicar... O que é no mínimo curioso, pois, conheci um Livreiro judeu - já saiu do ramo - que vendia os “Protocolos” e qualquer literatura anti-semita que lhe caía nas mãos, por um bom preço, é claro... Seria ele nazista e antissemita?

A caça predatória às obras de Gustavo Barroso, não existe, simplesmente a demanda é maior que a oferta, o que aumenta os preços. Se a Editora Revisão não tivesse sido golpeada por uma brutal injustiça, a procura por Barroso seria satisfeita, pelo menos em parte. Enfim, se alguém quiser ler Barroso, procure-o nos Sebos, pois, nas Bibliotecas seus livros estão sumindo, será que estão sendo caçados?

Existe uma Obra de Gustavo Barroso que povoa as imaginações: O 4º volume da “História Secreta do Brasil”. Pelo que ouvi de velhos Camisas-Verdes (e muitos privaram da intimidade de Barroso), o 4º Volume foi escrito e o seu conteúdo referia-se aos contemporâneos (pelo que foi dito no “Sinagoga Paulista”, pode-se ter uma pálida idéia das revelações contidas no volume inédito...). Julgo pouco provável a sobrevivência do original, pois, a polícia estadonovista varejou a casa de Gustavo Barroso, certamente desaparecendo com muita coisa - a casa de Plínio Salgado, na Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, aqui no Rio, foi, literalmente, saqueada pelos esbirros do negregado Vargas - e, de qualquer forma, após o falecimento do Barroso, sua Família vendeu tudo para a Livraria São José, tradicional sebo aqui do Rio de Janeiro, porém, curiosamente, só uns poucos exemplares da sua imensa Biblioteca foram comercializados... Mas, era de praxe na época o Autor providenciar várias cópias datilografadas do original, quem sabe se algum dia por milagre uma delas não apareça. Eu acredito em Milagres!

Recentemente, os inimigos do Brasil, têm tentado utilizar-se de outra Obra de Barroso, “O Integralismo e o Mundo”. Ora, o livro “O Integralismo e o Mundo” foi publicado originalmente em 1936, e sua finalidade era passar em revista os Movimentos Nacionalistas que vicejavam por todo o Mundo, naquele período, do Afeganistão ao Uruguai. Ele não diz que o Integralismo é igual ao fascismo, pelo contrário, diz apenas: “De todos os movimentos de caráter fascista, e assim os denominamos por falta de expressão mais apropriada para a sua generalidade, o Integralismo Brasileiro é o que contém maior dose de espiritualidade e um corpo de doutrina mais perfeito à formação dos grupos naturais e à solução dos grandes problemas materiais”.(pág. 15). Em seguida, aponta diversas diferenças entre o Integralismo e o fascismo. Aos que estiverem interessados em verificar a exatidão do que digo, sugiro a 2ª edição de “O Integralismo e o Mundo”, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1937 - 290 págs.

No entanto, dos livros de autoria de Gustavo Barroso, o meu predileto é “O Livro dos Enforcados”, onde, narrando as execuções capitais no Ceará do tempo do Império, criticou e condenou brilhantemente a Pena de Morte.

“...o brasileiro é eminentemente contrário a qualquer racismo...”
Gustavo Barroso
(“Judaísmo, Maçonaria e Comunismo”. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1937 - 235 págs. - il.; a citação encontra-se na página 10).

sábado, 10 de julho de 2010

Breve Sinopse Histórica

Sérgio de Vasconcellos

Quando o Chefe Nacional Plínio Salgado fundou a Acção Integralista Brasileira, em 1932 - os Estatutos são de 1933 -, a A.I.B. assumiu a figura jurídica de sociedade civil. Todavia, os inimigos do Brasil não ficaram de braços cruzados, e assim surgiu a famigerada Lei de Segurança Nacional, em 1935, criada especialmente para fechar o Integralismo. Mas, nosso Chefe Nacional percebeu a manobra e contornou o obstáculo antes mesmo que se concretizasse, extinguindo a Milícia e substituindo-a pela Secretaria Nacional de Educação, e transformando a Acção Integralista Brasileira em Partido Político, reformando-se os Estatutos durante o 2º Congresso Nacional Integralista, realizado em Petrópolis (Estado do Rio de Janeiro), em Março de 1935. Assim, na terceira redação dos Estatutos, devidamente registrados, a A.I.B. passou a ser simultaneamente sociedade civil e partido político.

O Integralismo cresceu exponencialmente. Os inimigos Brasil alarmavam-se ante a certeza de que Plínio Salgado seria eleito Presidente da República, em Janeiro de 1938. Era preciso acabar de vez com o Integralismo, então, ordens nesse sentido foram dadas ao negregado Getúlio Vargas, que implantou o Estado Novo, em 10 de Novembro de 1937, golpeando o tão decantado “estado de direito”, outorgando uma nova Constituição - apelidada de “a polaca”, por ser um pastiche da Constituição Polonesa da época -, inteiramente totalitária e preparada pelo jurista Francisco Campos, conhecido fascista, tudo isso para obter o fechamento “legal” da A.I.B....

O Chefe Nacional mais uma vez buscou a solução que mantivesse o Movimento na legalidade e evitasse o pior para os nossos Companheiros, conseguindo junto a Francisco Campos, Ministro da “Justiça” de Vargas, que a A.I.B e quaisquer outros Partidos Políticos que o desejassem, poderiam continuar existindo desde que se transformassem em associações culturais e desportivas. Imediatamente, a A.I.B. dá entrada no Registro da ABC - Associação Brasileira de Cultura -, mas, tal pedido jamais foi deferido ou indeferido pelo Ministério da “Justiça”... A canalha fascista e pseudofascista, a serviço dos interesses estadunidenses e capitalistas, tinha a intenção de acabar com o Integralismo e esta era a verdadeira e única finalidade do Estado Novo. A mais brutal perseguição abateu-se sobre os Camisas-Verdes. No dia 24 de Dezembro de 1937, cinco Integralistas - sem o conhecimento prévio do Chefe Nacional -, indignados, lançam o primeiro documento público de condenação e repúdio ao Estado Novo. No dia seguinte, Natal, todos estavam presos, sendo torturados na Rua Relação, e entre eles, meu primo, Romeu de Vasconcellos Noronha e Menezes (Chefe Municipal de Barbacena, que viera ao Rio participar da Marcha dos Cinqüenta Mil e ainda se encontrava na cidade), que foi submetido por dois dias à famosa “cadeira americana” (ficar sentado, apanhando direto, sem água e sem comida).

O Integralismo e as demais correntes democráticas do País, que não se conformavam com a instalação de um Estado Totalitário entre nós, congregaram-se num movimento revolucionário, que objetivava a restauração do “estado de direito”, isto é, o retorno a Constituição social-democrática de 1934 e a imediata convocação de eleições livres. Mas, os Integralistas, miseravelmente traídos, mais uma vez, levantaram-se sozinhos na defesa da Democracia e da Liberdade na infelizmente malograda Revolução de 11 de Maio de 1938. Com o fracasso da Revolução de 11 de Maio, a perseguição aos Integralistas recrudesceu e nossos Companheiros superlotavam as cadeias, submetidos a torturas e vexames. O próprio Chefe acabou preso, em São Paulo, e mandado para o exílio em Portugal. Centenas de Integralistas foram condenados a anos de cadeia, e quando recorriam das sentenças, estas eram aumentadas, exatamente o oposto do que ocorria aos comunistas, e o regime estadonovista era supostamente anticomunista..., em Santa Catarina os nazistas desfilavam pacificamente, como se estivessem na Alemanha, e o regime estadonovista era supostamente nacionalista... Na minha Família, meu Tio, Geraldo de Paula Lopes, que esteve no ataque ao Palácio Guanabara, onde foi preso, só não cumpriu toda a sua sentença porque o Ditador foi derrubado, em 1945, e houve Anistia para todos os presos políticos. Meu Pai, Paulo de Vasconcellos, que também participara da Revolução, ficou preso dez meses e meio, mas, como não havia provas, foi assim mesmo condenado aos dez meses e meio que já cumprira, o que impedia qualquer pleito indenizatório... Essa era a justiça de Vargas!

A Acção Integralista Brasileira estava na mais completa clandestinidade, e de Portugal, o Chefe Nacional continuava dirigindo o Movimento através de seu representante, o Companheiro Raymundo Delmiriano Padilha. Além da A.I.B clandestina, os Integralistas criaram algumas organizações legais, como a AFE - Auxílio às Família Empobrecidas(dirigida pelo Companheiro Dr. Thucydides de Toledo Piza) -, que destinava-se a amparar materialmente as Famílias dos Integralistas presos ou daqueles que haviam perdido seus empregos devido a perseguição política; o Apollo Sport Club(dirigido pelo Companheiro Jáder Araújo de Medeiros), para dar continuidade a parte desportiva do Sigma; a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa(dirigida pelos Companheiros Jayme Ferreira da Silva e Waldemar Cotta), que tentava preservar o trabalho com os jovens(minha Tia, Mariana de Paula Lopes que fora pliniana, pertenceu a Cruzada). Aliás, a Cruzada Juvenil da Boa-Imprensa foi mandada fechar pelo embaixador estadunidense, em 1942, se não me engano. Toda essa fase tenebrosa da História do Integralismo era chamada de o “Tempo das Catacumbas”, pelos Companheiros da velha-guarda, e só terminou com a derrubada do nunca suficientemente execrado Ditador, em 1945.

O Pseudo-Integralismo

Sérgio de Vasconcellos

Tão nocivo quanto o neo-Integralismo é o seu irmão gêmeo siamês, o pseudo-Integralismo.

A existência desse exotismo explica-se facilmente:

Durante décadas, Comunistas e Demo-liberais, desencadearam uma formidável campanha de desinformação contra o Integralismo, acusando-nos de fascistas, nazistas, totalitários, racistas, antidemocráticos, etc. Ora, muitas pessoas que nada conhecem do verdadeiro Integralismo, acreditando que aquelas calúnias são autênticas, aproximam-se do Integralismo pensando que é totalitarismo, autoritarismo, etc., e, o que é pior, muito pior, saem por aí divulgando esse pseudo-Integralismo, que não foi aprendido com Plínio Salgado e os demais teóricos do Sigma, mas, nos livros e publicações patrocinados pelo Argentarismo-Marxista Internacional, e, com isso, inconscientemente, esses desavisados, municiam os nossos adversários. Pensando que estão com o Integralismo, os pobres coitados estão a serviço do Capitalismo e do Comunismo...

A única atitude democrática em relação aos pseudo-Integralistas é explicar-lhes qual é a Doutrina do Integralismo (espiritualista, cristã, nacional, democrática, pluralista, etc.). Caso percebam o seu erro e busquem de fato ingressar no Integralismo autêntico, deverão ser bem recebidos; mas, caso pretendam insistir em suas idéias descabidas sobre o Integralismo, implantadas nos seus cérebros minúsculos pelo Comuno-Capitalismo, então, deverão ser excluídos, pura e simplesmente. Que militem ideologicamente em outra parte, pois, a Bandeira Azul e Branca, não acoberta inimigos de Deus, da Pátria e da Família.

O Erro Neo-Integralista

Sérgio de Vasconcellos

Nos dias que correm, existe uma vasta proliferação de pseudo-Integralismos, que, via de regra, se auto-classificam como “neo-Integralismo”.

Sendo o Integralismo a Doutrina da Revolução Permanente, as adjetivações do gênero “neo-Integralismo”, “nova filosofia Integralista”, etc., são desnecessárias, pois, um Integralismo que não se renovasse continuamente, já não seria um autêntico Integralismo, seria outra coisa com o rótulo “Integralismo”, nada tendo com a Doutrina Revolucionária criada pelo gênio incomparável de Plínio Salgado.

Tenho visto muita gente bem intencionada, fazendo restrições a este ou aquele ponto da Doutrina Integralista e querendo eliminá-los, chamando esse Integralismo amputado de “neo-Integralismo”. Lembro-me bem do caso de um Companheiro, excelente, mas, que rejeitava o conceito de Quarta Humanidade, que, no entanto, é basilar e fruto exclusivo da mente brilhante do Chefe Nacional. E, junto com a Quarta Humanidade, esse Companheiro queria jogar fora mais alguns itens doutrinários - a liberdade, o ecumenismo, etc. - e chamava tal Integralismo torcido e retorcido de neo- Integralismo...

É claro que existe uma tendência oposta, a de querer fossilizar o Integralismo nos anos 30. Quando, em 1959, Plínio Salgado declarou que chegara a conclusão de que os Partidos Políticos também eram Grupos Naturais da Sociedade, causou um choque na Velha-Guarda, que acatou tal concepção por puro espírito de disciplina, mas, preferindo a Democracia Orgânica no velho estilo, sem partidos... Hoje, muitos jovens militantes do movimento, rejeitam a noção de Partidos como Grupos Naturais, argumentando com o Integralismo puro, o dos anos 30... Porém, Plínio Salgado dissera inequivocamente que o seu Pensamento - o Integralismo - estava em permanente clarificação. Portanto, não há base doutrinária para rejeitar-se os Partidos como Grupos Naturais. No entanto, muitos jovens militantes, sem o mesmo espírito de disciplina dos velhos Camisas-Verdes, rejeitam os Partidos, sem ao menos examinar os termos em que Plínio Salgado expôs a questão, atitude inadmissível dentro do princípio de ortodoxia e disciplina Integralistas.

O Integralismo é uma Doutrina definida, escolher ou rejeitar, este ou aquele ponto é apenas manifestação de unilateralismo, incompatível com o Integralismo. Assim, neo- Integralismo ou “páleo-Integralismo”, são aberrações teóricas, e significam, de fato, a recusa do Integralismo como uma totalidade. O Integralismo é, antes de tudo, uma Doutrina, surgida em 1932, mas que veio se clarificando (expressão do Chefe) ao longo das décadas.

Mesmo admitindo-se que alguém empregue a expressão “novo Integralismo” ou coisa parecida, apenas como designativo de uma nova fase da História do Sigma, ainda assim a sua utilização é perigosa, pois, aqueles que estão chegando agora ao Movimento poderiam supor equivocadamente que existe um Integralismo novo diferente do de Plínio Salgado.

A Missão Integralista deste Blog

Sérgio de Vasconcellos

Há uma sensação coletiva, uma certeza intuitiva, não só no Brasil, mas, em todo o Mundo, de que a atual Civilização chegou ao seu limite. Instintivamente, as pessoas pressentem que o atual estado de coisas não se prolongará por muito mais tempo. Isso gera, por um lado, o surgimento de inúmeras correntes, religiosas ou políticas, de cunho escatológico e milenarista, que difundem a equivocada crença de que estamos no próprio Fim do Mundo; mas, por outro lado, também gera a filosofia do ‘salve-se quem puder’, do mais acendrado egoísmo, em que algumas pessoas usufruem todas as benesses prodigalizadas pelo mundo moderno (enquanto milhões morrem de fome e a miséria generaliza-se), raciocinando: “Depois de mim, o dilúvio...”.

Obviamente, o Integralismo, não pode concordar com o amoralismo capitalista, nem tão pouco, perfilhar as doutrinas do desespero.

Neste início de Milênio, percebemos que a desesperança, a depressão, a aflição apoderam-se da Humanidade, que está angustiada e sem rumo. Assim, em meio ao caos, nós, Integralistas, surgimos com uma Palavra Nova, de esperança, de alegria, de amor, de fraternidade entre os Homens e as Nações, apontando um caminho seguro e dizendo firmemente: Sim, uma Era acabou, mas, uma Idade Nova inicia-se, uma Nova Civilização nasce na fecunda Terra Brasileira, do coração generoso do Povo Brasileiro.

O Blog que ora apresentamos ao público, pretende ser uma contribuição, modesta, nós o sabemos, à construção da Civilização Integralista. A finalidade deste Blog é responder algumas de inúmeras dúvidas acerca do Integralismo, a original Filosofia criada pelo gênio inigualável de Plínio Salgado.

Além da divisão apontada no próprio título do Blog – História e Doutrina -, algum leitor mais atento poderá perceber uma outra, pois, ele é constituído por textos elaborados no atual século – o XXI -, portanto refletindo necessariamente a atual conjuntura nacional e mundial, e também é formado por escritos do século passado... – o XX -, sendo, consequentemente, outro o enfoque, apropriado às circunstâncias existentes no último quartel de tal século. Não obstante, é clara a Unidade Doutrinária, ficando assim documentada nossa posição organicamente ortodoxa: Não reconhecemos como legítimo nenhum Integralismo que se distancie das Idéias de Plínio Salgado, Chefe Perpétuo da Revolução Integralista.

Tenho certeza de que este Blog irá chegar ao conhecimento de muitos Brasileiros, que dele necessitam, e que cumprirá sua missão eficientemente.

Pelo Bem do Brasil!
Anauê!