Sérgio de Vasconcellos
Companheiros.
No dia 27 de Maio de 2021, o
Companheiro Carlos Ribeiro, Líder dos Integralistas Cearenses, publicou no seu
canal o vídeo “Amor ou Ódio”, que recomendo a todos que assistam.
O que pretendo dizer aqui é apenas um
reforço às brilhantes ponderações do notável Camisa Verde, sem dúvida um dos
expoentes do Integralismo Contemporâneo. E vou fazê-lo, inicialmente, lendo
algumas passagens de conterrâneo do Companheiro Carlos Ribeiro: Gustavo Barroso.
Em seu magnífico livro “Espírito do
Século XX”, o imortal Gustavo Barroso vai nos ensinar:
Integralismo é
compreensão. Só quem compreende a doutrina integralista pode ser integralista
consciente. Há muitos modos de compreendê-la. Há a compreensão pelo estudo de
seus pontos básicos e a comparação com o liberalismo e o comunismo. Há a
compreensão pela graça do sentimento. E há ainda, a maior, a compreensão pelo
amor.
Uns estudam nossos
livros, ouvem nossas conferências, leem nossos jornais e compreendem o que queremos.
Então, se decidem e formam conosco. Outros sentem as dores da nossa pátria
escravizada, experimentam as mesmas angústias que experimentamos, se estorcem
no mesmo sofrimento e, com a alma a transbordar de emoção, correm para as
nossas fileiras.
Mas o grande exército
verde, o que marcha do fundo do interior, composto dos homens hunildes do
campo, tão abandonados e tão explorados, esse vem para nós pelo amor instintivo
do Brasil. (...)[1]
E mais adiante:
Justamente por ser amor
é que o Integralismo é construção. Somente quem ama é capaz de construir. O
ódio é destruição. Reparai como nas épocas de decadência social, de
materialização, de materialidade, toda a criação desaparece do cenário
intelectual, em que unicamente florescem, se florescem os cardeiros da crítica.
O crítico analisa, desassocia, joeira, separa, divide, não produz, não reúne,
não cria. Incapaz de organizar e de criar, esforça-se por demonstrar que é
capaz de esmiuçar defeitos e de corrigir, para se apresentar capaz de alguma
coisa. Quando as águias de Roma começaram a fechar as asas, apareceu um Luciano
de Samosata. Quando se carregavam os canhões para a Grande Guerra, apareceu um
Anatole France. E que faz toda essa barulhenta e vazia imprensa de hoje?
Cria? Não. Critica tudo,
critica todos, acaba criticando a si própria.
O Integralismo é o amor
pelo Brasil, o desejo de vê-lo grande, próspero, feliz, poderoso. É a criação
dum sentido novo da vida para chegar a esse fim. E somente é possível criação
pela educação e pelo ensino. Não é possível ensinar e educar, odiando.
Ensina-se e educa-se, amando.
Dentro do movimento
integralista, portanto, o integralista não deve criticar, mas, suprir. Suprir
os defeitos dos companheiros. Suprir as falhas dos próprios chefes. Supri-las
sem que o próprios supridos deem por isso. No Integralismo, o movimento está
acima dos indivíduos, as ideias sobrelevam as pessoas. Na sua profundez cristã,
o seu amor não se personaliza: é amor ao próximo seja ele quem for.[2]
Fiz questão de ler estes dois trechos
de Gustavo Barroso para calar a boca antecipadamente desses tais “barrossianos”,
que nunca leram uma linha de sua Autoria e só envergonham a Memória do Autor de
O que o Integralista deve saber com
as tolices que propalam.
Mas, como não podia deixar de ser,
ouçamos a Palavra Autorizada do Chefe Nacional[3]
em seu famoso discurso de 27 de Outubro de 1946, onde nos diz como devemos
tratar os nossos mais tradicionais adversários, os comunistas:
O comunismo e os comunistas
Sustento, por
conseguinte, este princípio fundamental da nossa propaganda. Doutrinariamente,
ideologicamente, combatemos o comunismo, não por ser um partido adverso ao
nosso, mas, porque é uma doutrina filosófica baseada no socialismo de Marx, e o
socialismo de Marx é baseado no materialismo, e nós somos espiritualistas.
Só por isso o combatemos
no campo doutrinário, procurando esclarecer o povo brasileiro acerca desse
problema de ordem filosófica.
Não combatemos os comunistas.
São brasileiros, muitos deles revoltados por injustiças reais, muitos desejando
uma melhor situação para as classes desfavorecidas, muitos deles com maior teor
de dignidade do que o burguês, que tem uma vida má, vida de prazeres, e que
quer defender a sua propriedade, da qual ele usa e abusa em detrimento dos princípios
cristãos que devem reger o uso da propriedade.
Eu, portanto, recomendo
a todos aqueles que comigo estão nesta batalha pelo bem do Brasil, pelo amor às
nossas tradições, pela afirmação da nossa espiritualidade, da nossa crença em
Deus, e na imortalidade da alma humana; recomendo que tratem carinhosamente o
comunista combatendo vigorosamente o comunismo, essa doutrina materialista,
pela nossa convicção espiritualista. Amemos o nosso próximo, seja ele quem for,
e procuremos, pela ação pessoal conquistar, um a um, os brasileiros.[4]
Não é interessante que o Chefe e
Barroso nos digam a mesma coisa? E ainda há quem propale que havia divergência
entre eles...
Bom, Companheiros, então, nós podemos
dizer hoje aqui a essa turma do Facebook, a esses imbecis que nos perseguem, àqueles
que nos caluniam, enfim, podemos afirmar que, ao contrário do que dizem todos
esses nossos adversários, o Integralismo não é uma Doutrina do ódio, mas, de
Amor a todos os Brasileiros, irrestritamente.
Obrigado.
Pelo Bem do Brasil!
Anauê!
Palestra virtual proferida no Canal do Companheiro Moisés Lima em 29 de Junho de 2021: Integralismo: Doutrina de Amor.
[1] BARROSO, Gustavo. ESPÍRITO DO SÉCULO XX. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1936; p. 168.
[2] BARROSO, Gustavo. IDEM. P. 171 e 172.
[3] A expressão “Palavra Autorizada do Chefe Nacional” é
de criação do Companheiro Prof. Ubiratan Pimentel.
[4] SALGADO, Plínio. DISCURSOS
(1ª série – 1946/1947). 1ª Ed. São Paulo: Panorama: 1948; p. 50 e 51.
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