Brevíssima
História do Integralismo
Sérgio
de Vasconcellos
De alguns dias para cá tenho escrito Artigos
em que desminto as adulterações cínicas da nossa Doutrina que têm sido feitas
por indivíduos que se dizem Integralistas. Por enquanto publiquei os seguintes:
Violência, Os Segredos do Integralismo, O Integralismo é monárquico e A legalização das drogas.
Mas, acontece que apenas focar nos erros
pontuais de meia dúzia de pseudo-Integralistas, não me parece o suficiente e
por isso farei abaixo um breve escorço da História do nosso Movimento, ainda e
sempre com a finalidade de não permitir que os jovens que estão procurando o
Integralismo sejam enganados por indivíduos que ficam posando de líderes, mas,
que nada sabem da História e Doutrina do Integralismo.
Após um périplo de vários meses pela África,
Oriente Médio e Europa, Plínio Salgado retorna ao Brasil já com a intenção de
lançar um Movimento Político em novos moldes, completamente diferente do que havia
no Brasil e no restante do Mundo. Mas, ao desembarcar no Rio de Janeiro em 03
de Outubro de 1930 deparou-se com a chamada Revolução de 30, o que o obrigou a
adiar a criação dessa organização política.
Derrubada a República Velha, as diversas
correntes políticas do País começam a arrumar-se no novo estado de coisas, mas,
ainda guardando a feição regionalista herdada do regime defunto. Apenas Plínio
Salgado e alguns dos seus seguidores compreendiam que era a hora de um Partido
Nacional, que visasse o Bem Comum de todos os Brasileiros e não mais os
interesses meramente regionais e seus Partidos Estaduais.
Em 1931, com a finalidade de divulgar suas
Ideias Revolucionárias, Plínio Salgado lança, em São Paulo, o jornal A Razão,
no qual colaboravam diversos novos intelectuais, todos antenados com o Pensamento
Novo propagado pelo já célebre Autor de “O Estrangeiro”. No ano de 1932 dá mais
um passo em direção a sua meta e cria a Sociedade de Estudos Políticos – S.E.P.
-, em que firma as bases do que será a Doutrina Integralista. É do seio da
S.E.P. que surge finalmente o tão sonhado Movimento, a Ação Integralista
Brasileira- A.I.B.
No dia 07 de Outubro de 1932, Plínio lança
aquele que é até hoje o mais impressionante Documento Político Brasileiro, o
famoso Manifesto de Outubro, com o qual principia a divulgar a Doutrina do
Integralismo. Ao longo de cinco anos, a A.I.B. fez um gigantesco apostolado por
todo o Brasil, o que não agradava a camarilha que estava no Poder, bem como
contrariava os interesses do Capitalismo Internacional, que obviamente não via
com bons olhos a mais do que provável possibilidade do Integralismo chegar ao Poder
nas eleições de 1938. Assim, em 10 de Novembro de 1937 foi dado um golpe de
Estado e implantado o totalitário Estado Novo e a A.I.B foi fechada.
Durante oito anos os Integralistas foram brutalmente
perseguidos: os que não foram assassinados, superlotaram as masmorras
estadonovistas, muitos amargaram um prolongado Exílio, o Movimento foi
empurrado para a clandestinidade. Neste período trevoso da História do Brasil,
os Integralistas, burlando a vigilância do criminoso Regime, criaram algumas
organizações: AFE – Auxílio às Famílias Empobrecidas (Socorro Verde), Apollo
Sport Club, Cruzada Juvenil da Boa Imprensa, e outras.
Em 1945, finalmente, o Ditador e sua camarilha
foram apeados do Poder. Chegou ao fim o período mais sanguinário da História do
Brasil. Os Integralistas se reorganizaram as claras, fundando em Setembro de
1945 o Partido de Representação Popular – P.R.P. Voltando de seu amargo Exílio
em Portugal, Plínio Salgado assume a Presidência Nacional do P.R.P., em
memorável Convenção Nacional, realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro,
em Outubro de 1946.
O P.R.P. elegeu Senadores, Governadores,
Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos e Vereadores, crescendo exponencialmente
a cada Eleição até que foi golpeado com a implantação do Estado Novíssimo em
Março de 1964, que fechou todos os Partidos Políticos existentes, inclusive o
nosso.
Mas, a partir
de 1946, paralelamente ao P.R.P., os Integralistas foram criando várias outras
organizações ampliando assim a área de atuação do Movimento: o Instituto Brasileiro de Cultura, o Guanabara
Football Club, os Centros Culturais e a sua Confederação, a União
Operária e Camponesa do Brasil, a Organização dos Serviços de Imprensa e
Propaganda, a Minuano, etc. E depois do encerramento do P.R.P., os
Integralistas prosseguiram com a atividade nas organizações não-partidárias,
bem como, abriram novas entidades: a Cruzada de Renovação Nacional, a nova Ação
Integralista Brasileira, a Ação Integralista do Brasil, a Ação da Juventude
Integralista, a Casa de Plínio Salgado, o Centro Cultural Plínio Salgado, o
Centro de Estudos Políticos, Tecnológicos e Culturais, o Centro de Estudos e
Debates Integralistas, e outras tantas. E, mais modernamente, não
poderíamos deixar de mencionar a Frente Integralista Brasileira – F.I.B.,
fundada em 2005. A Casa de Plínio Salgado – CPS – e a FIB, somando-se com
Organizações Integralistas espalhadas por todo o Território Nacional, estão
levando adiante o Movimento Integralista Rumo ao Sigma.