Sérgio de Vasconcellos.
Não
é à toa que o Brasil é a terra dos bacharéis em Direito. Nosso Povo está
fortemente impregnado de uma mentalidade jurisdicista.
Assim,
é muito comum o neófito em Integralismo, escandalizado com as barbaridades, as
calúnias, as inverdades que se dizem sobre o Integralismo, clamar que os
deturpadores da Doutrina e História Integralistas sejam levados à barra dos
tribunais, e ficam mais surpresos pela ‘indiferença’ nossa, dos mais antigos,
diante das injúrias assacadas contra o Sigma. Há trinta anos quando ingressei
no Movimento Integralista também ficava indignado com a mentirada sobre o Integralismo.
O
Integralismo vem sofrendo uma sistemática campanha de difamação, desde 1934,
quando o valoroso Gustavo Barroso, denunciou, em seu livro “Brasil, Colônia de Banqueiros”,
a nossa escravização ao Capitalismo Financeiro Internacional.
De
fato, os Integralistas mais experientes não cogitam de processar ninguém. É bem
verdade que, pelo menos umas duas vezes estivemos perto de fazê-lo: Quando um ‘brasilianista’ – corja de
pseudo-intelectuais paga por fundações estadunidenses para difamar o Brasil –
caluniou o nosso Chefe, foi levantada uma vasta documentação histórica, como
prova em processos que seriam constituídos contra ele, aqui e nos Estados
Unidos, porém, não foi levada adiante a iniciativa; também quando um péssimo
grupo de rock ‘nacional’ incluiu o nome do nosso Fundador de forma pejorativa
numa de suas letras – se é que se pode chamar aquele lixo de letra -, também se
cogitou de levar aqueles pobres coitados à justiça, e dessa vez também
desistimos. E, perguntarão alguns, por que, se tinham provas esmagadoras? Exatamente
porque seguimos o Chefe Nacional Plínio Salgado e ele orientou-nos da seguinte
forma: Uma Ideia só se combate com outra Ideia. Contra a mentira, não os
tribunais, mas, a verdade cristalina e pura.
Outrossim,
apesar de acreditarmos na Justiça Brasileira, na honorabilidade e inteligência
dos nossos Juízes – e o Integralismo é a prova viva disso, pois, temos uma
vitoriosa Jurisprudência firmada nos Tribunais-, existem Juízes e Juízes... Imagine,
só para exemplificar, que fossemos processar um dos detratores do Integralismo
e caíssemos nas mãos de um Juiz nazistóide, ou de um liberal, de um maçon ou de
um esquerdista, seria um julgamento isento, à luz das provas? Provavelmente, perderíamos
a Causa. Como se diz popularmente seria pior a emenda que o soneto... Então, por
uma questão de cautela e bom senso, apelar para a Justiça só em última
instância...
Também
os novos aderentes ao Sigma desejariam processar os “neoIntegralistas” e
pseudo-Integralistas, pelas deturpações que fazem no Pensamento de Plínio
Salgado. Ora, pelos mesmos motivos do parágrafo precedente isso seria pouco
prudente, com a agravante de colocarmos nas mãos de não Integralistas a
definição do que é ou não o verdadeiro Integralismo.
O
Integralismo está perfeitamente definido nas Obras do Chefe Nacional Plínio
Salgado e demais Teóricos Integralistas. Infelizmente, muitos não se dão ao
trabalho de ler, de estudar a Doutrina e saem por aí falando besteiras em nome
do Integralismo, fundando núcleos, etc. O problema, portanto, não é de
definição, mas, de ignorância ou má-fé, e não caso de Justiça.
Outra
obsessão dos novos Integralistas: Os Estatutos. Na criação de uma nova
organização Integralista – ou não -, nem bem se definiram os objetivos da novel
entidade e já se ouve a palavra fatídica, os Estatutos, e perde-se um tempo enorme
se discutindo uma mera formalidade legal!
Ao
longo de minha existência, participei da fundação e respectiva feitura de
Estatutos de várias dezenas de entidades, Integralistas ou não. Estatutos não
servem para coisa alguma, só garantem que uma organização está legalizada e estabelecem
regras sobre filiação, eleições, etc., sendo que grande parte das disposições
estatutárias é exigida pelo Código Civil e outras Leis, que não sendo
obedecidos, não se registra no Cartório das Pessoas Jurídicas, uma verdadeira camisa-de-força
legal, sem falar no advogado e demais custos... Há muito que me libertei da
mania jurisdicista tão característica de nós Brasileiros e sonho o dia em que
todo este entulho legal seja jogado numa Cloaca Máxima e substituído por uma
Legislação Inteligente. O que acontece comumente no Brasil é que meia dúzia de
gatos pingados se reúne, funda alguma coisa e corre para o Registro Civil das Pessoas
Jurídicas. Resultado, existem milhões de associações, sociedades, clubes, etc.
que só existem no papel, não foram adiante. Em teoria, com a necessidade de se
ajustar os Estatutos ao novo Código Civil, uma quantidade imensa delas deveria
caducar, pois, tais organizações não existem de fato.
Mesmo
que o Estatuto contenha uma súmula da nossa Doutrina, ainda assim não será
através dele que alguém vai aprender o que é o Integralismo. Se alguém desejar
saber o que é o Integralismo, deve informar-se não em Estatutos, que retratam
uma realidade organizativa provisória, mas na própria Doutrina, isto é,
consultando as Obras de Plínio Salgado, Gustavo Barroso, M. Reale, Tasso da
Silveira, Olbiano de Mello, Custódio Viveiros, Osvaldo Gouvêa, J. Venceslau
Jr., Victor Pujol, Ferdinando Martino Filho, etc. O que realmente importa é a
Doutrina Integralista.
O
Estatuto é apenas uma formalidade legal necessária para se abrir conta em
Banco, alugar ou adquirir bens móveis e imóveis para o Movimento, etc., e olhe
lá. Hoje, no Brasil, existem diversas Organizações Integralistas, devidamente registradas.
Nenhuma delas tem o monopólio do Integralismo, que, enquanto Doutrina, precede
e inspira a criação de tais organizações sigmáticas, e, o mais importante, não
é saber se estão registradas em Cartório, e sim a qualidade da adesão ao Integralismo,
e aí reside a imbatível superioridade da Frente Integralista Brasileira, que
não é apenas a maior quantitativamente, mas, também, aquela que mantém uma
fidelidade inquebrantável ao genuíno Pensamento do Chefe Nacional Plínio
Salgado.
Olá Professor Sérgio,
ResponderExcluirSigamos nosso Chefe Plínio Salgado! Ele disse que o Chefe é uma ideia. E é com essa ideia que estou dispoto a aprender mais.
Obrigado,
Leandro
Apoio totalmente.
ResponderExcluirA parte formal é necessária para existir junto ao estado e aos bancos. Mas, as mentes e corações não são conquistadas com estatutos.
Murilo Cesar