domingo, 1 de dezembro de 2013

O que Pensamos das Conspirações e da politicagem de Grupos e Facções*

O Autor assistindo uma Palestra sobre Santo Agostinho.

Sérgio de Vasconcellos

O Capítulo 6º do “Manifesto de Outubro” é um dos de menor extensão, porém, isso não significa que tenha pouca importância. Na verdade, é justamente em tal Capítulo que encontramos um dos elementos mais característicos do Integralismo: A franqueza! A afirmação límpida e cristalina de que a “campanha” do Integralismo “é às claras, em campo raso, de peito aberto, de cabeça erguida” tem sido um escândalo para os adversários do Sigma.

O Integralismo denuncia essa prática infelizmente institucionalizada na Vida Política Brasileira das confabulações, das tramas, das conspirações, do imediatismo, dos proveitos pessoais e de facções colocados acima dos reais interesses e desejos do nosso Povo. É o que Plínio Salgado denominou de “falsa vida política da Nação” naquela passagem tão pouco compreendida do Capítulo 5º.

Ora, o Integralismo rejeita tal prática política e se propõe realizar um movimento “cultural, moral, educacional, social”, arregimentando os Brasileiros para a Revolução. Mas, não se entenda a nossa Revolução como alguma mazorca antecedida por uma conspiração de politiqueiros, visando estabelecer algum governo de exceção, civil ou militar. Nada mais distante do Integralismo que os conchavos e tramas para se chegar ao Poder. O Integralismo sustentando Ideias e Princípios nítidos, não faz combinações sórdidas, nem se embuça atrás de máscaras. Sua luta trava-se no campo das Ideias, com lealdade e honestidade intelectual. Pela conquista pacífica das consciências dos Brasileiros, quando “formos um número tão grande”, então, “pela força desse número conquistaremos o Poder da República” (Capítulo 5º do Manifesto de Outubro). Tudo isso dentro da Lei, no respeito das instituições e da autoridade constituída. Enfim, a “revolução legal”, como Plínio Salgado a denominou em outro escrito, através da propaganda, da difusão da Doutrina, pelo voto, pela ação social, pela elevação cultural e moral do Povo Brasileiro.

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Aliás, aproveito a oportunidade para chamar à atenção sobre um fato que tem passado despercebido: O Brasil, no período anterior ao surgimento do Integralismo, viu-se atingido por uma onda sucessiva de revoltas e levantes, cujas tropelias e violências ceifaram a vida de tantos Brasileiros, gerando no Povo incerteza e medo constantes. Começando com a quartelada de 15 de Novembro de 1889, mais conhecida por Proclamação da República, a série de insurreições prosseguiu: 1891 – Derrubada de Deodoro; 1892 – Levante em Mato Grosso; 1893 – Revolta da Armada; 1893 – Revolução Federalista; 1896 – Canudos; 1902 – Revolução Monarquista (completamente esquecida pelos Historiadores...); 1904 – Revolta da Vacina; 1906 – Revolta em Mato Grosso (sobre as insurreições de 1892 e 1906, em Mato Grosso, o saudoso Prof. Joaquim Ponce Leal, Historiador e Integralista, escreveu um magnífico Livro); 1909 – Revolta em Goiás; 1910 – Revolta da Chibata (Liderada por João Cândido, que vinte anos depois tornar-se-ia Integralista); 1914 – Contestado; 1914 – Rebelião liderada pelo Pe. Cícero; 1922 – Dezoito do Forte; 1923 – Levante de Assis Brasil contra Borges de Medeiros; 1924 – Revolta do Isidoro; 1925 – Coluna Miguel Costa (incorretamente conhecida por Coluna Prestes); 1930 – Rebelião em Princesa; - 1930 – Revolução de Outubro; 1932 – Revolução Constitucionalista; e só listamos umas poucas... Ora, nascendo em Outubro de 1932, o Integralismo entregou-se imediatamente ao Apostolado Nacionalista, pregando a Pacificação Nacional, a Harmonia Social, combatendo o separatismo e as oligarquias, e como resultado desse trabalho de criação de uma Consciência Nacional e de respeito às Leis e às Instituições, o número de levantes foi decrescendo e se espaçando no tempo: 1935 – Revolução Comunista; 1937 – Golpe do Estado Novo; 1938 – Revolução de 11 de Maio; 1945 – Queda do Ditador Vargas; 1956 – Sedição de Jacareacanga; 1964 – Revolução de 31 de Março; 1966 e 1972 – Guerrilhas Comunistas no Caparaó e no Araguaia, respectivamente; 1985 – Nova República. Ressalte-se a transição pacífica do regime da Carta de 1967 para o atual da Constituição de 1988. Graças à conscientização e esclarecimento político que o Integralismo vem realizando ininterruptamente nos seus 75 anos de existência, o ciclo dos levantes sangrentos na História do Brasil parece ter chegado ao seu fim, pelo menos é o que esperamos... No futuro, os historiadores terão que dar o devido valor a esta importantíssima intervenção do Integralismo na Vida Nacional.

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O Integralismo recusando-se a ser cúmplice da farsa política em que se comprazem indivíduos e facções sejam de esquerda ou de direita, e insistindo em apenas dizer a Verdade, atraiu sobre si o ódio de todos os que viram os seus planos contrariados, então, uma guerra brutal foi desencadeada contra o Movimento Integralista. A principal estratégia dos Inimigos do Povo Brasileiro é desfigurar o Integralismo, apresentando-o completamente diferente e até oposto àquilo que ele é realmente. Eis alguns exemplos notórios: O Integralismo propondo a ampliação da Democracia através da incorporação das Forças Vivas da Nação ao processo democrático - a Democracia Orgânica -, tem sido apontado como antidemocrático; sendo um tenaz impugnador do totalitarismo de Estado, o Integralismo é acusado de querer implantar um Estado totalitário; crítico da constante ingerência de militares na Política, o Movimento Integralista é incriminado de militarista; tendo Plínio Salgado afirmado e sustentado que a Liberdade é o dom mais precioso do Homem, increpam o Sigma de ser inimigo da Liberdade; sendo completamente avesso a ditaduras de qualquer ordem, civis ou militares, o Integralismo é tachado de defensor das ditaduras; inteiramente contrários à censura, os Integralistas são acoimados de buscarem o cerceamento da liberdade de opinião; enfim, muito poderíamos alongar tal relação de mentiras sobre o Integralismo, mas o que ficou exposto demonstra claramente o acúmulo de falsidades que têm sido assacadas contra a Doutrina e o Movimento Integralistas. Essa insidiosa campanha de desinformação reveza-se com outra arma não menos eficaz, o silêncio. Quando não estão mentindo descaradamente acerca do Integralismo, os meios de comunicação, controlados inteiramente pelo Banqueirismo, silenciam totalmente a nosso respeito. Todavia, apesar da perícia com que as armas do silêncio e desinformação têm sido esgrimidas contra o Movimento do Sigma, o Integralismo prossegue em sua Marcha Revolucionária através da História, para surpresa e desespero dos inimigos do Brasil, que pressentem a Vitória dos Soldados de Deus e da Pátria.

Mas, qual é o segredo dos Integralistas? O que faz o Integralismo perdurar e prosseguir a despeito dos seus fortes inimigos, que há 75 anos tentam esmagá-lo? Algo simples e poderoso, “a franqueza e coragem mental”. Num País em que toda a vida política é um teatro, em que todos os atores mentem desabusadamente, em que a falsidade é a marca registrada dos indivíduos e facções, em que a insinceridade e o despistamento imperam, em que todos conspiram, em que todos se acanalham e abastardam, em que a podridão moral campeia, em que todos fingem, o Integralismo destaca-se como uma verdejante Cordilheira em meio a uma planície estéril e pantanosa. Quando todos teatralizam suas vidas, os Integralistas são o que são; quando todos participam de uma tragicomédia, os Integralistas vivem uma Epopeia; quando a falsidade é como a marca de Caim nas frontes de todos, os Integralistas portam o Sigma como sinal da Verdade; quando todos são insinceros e despistadores, os Integralistas são medularmente sinceros e marcam com perfeita clareza os seus caminhos; quando todos conspiram, os Integralistas batalham em campo raso e de peito aberto; quando todos se tornaram canalhas e bastardos, os Integralistas sustentam a Honra do Brasil; em meio à podridão moral generalizada, os Integralistas pregam e vivenciam os Valores Morais, enfim, quando todos FINGEM ser alguma coisa efêmera, os Integralistas SÃO perenemente.

Toda a incapacidade de se compreender o Integralismo é fruto ou da má-fé de uns poucos, cujos interesses sociais, políticos e econômicos serão prejudicados com a Vitória do Sigma, ou da não percepção da maioria dos Brasileiros de que estão sendo enganados, de que vivem numa ilusão, e para esses o Pensamento, a Palavra e a Ação dos Integralistas afigura-se como algo inacreditável. Vivem num sonho – mais propriamente, num pesadelo... -, mas, não querem despertar, porque isso exigirá assumir o controle de suas próprias vidas, e a Liberdade é um fardo para os covardes e comodistas. No entanto, contrariando a tudo e a todos, o Integralismo permanece firme na sua decisão de acordar o Brasil de seu sono letárgico. Os Brasileiros não podem continuar deitados em berço esplêndido, sonhando com o futuro esplendoroso do Brasil, e não fazendo nada para construí-lo...

O Movimento Integralista, não aceitando ser partícipe desse “espetáculo”, em que vivem embevecidos os Brasileiros, e no qual todos são simultaneamente atores e espectadores, constitui-se de fato numa Revolução, autêntica, isto é, com franqueza nas Ideias e na Ação.

                                               Pelo Bem do Brasil!

                                                         Anauê!

Com o mesmo título já publicamos um Texto neste Blog. Como explicamos naquela oportunidade, aquele fora escrito para constar numa Obra Coletiva sobre o Manifesto de Outubro, e que  fora vetado pelo Editor, o nosso Companheiro Gumercindo Rocha Dorea, devido o seu excessivo tamanho. Então, em substituição, escrevi este outro, que também acabou inédito porque o Livro jamais foi editado. Publico-o aqui e agora esperando imodestamente que seja tão apreciado quanto o anterior.

Um comentário:

  1. Dentro da república o Integralismo é o único remédio que poderia ter salvo este país. O problema não é o remédio, é o "corpo". Este país está tão "doente" que ainda não está preparado para o remédio.

    São dois momentos de ouro que o Brasil poderia ter sido salvo. A continuação da Monarquia, no Terceiro Reinado, que teria evitado o trabalho destruidor da republica velha. Considerando que a realidade foi a ocorrência do malfadado golpe de 1889, o Integralismo histórico, na liderança do Chefe Nacional Plínio Salgado, teria sido o remédio amargo para os inimigos desta nação. Mas, a redenção de nosso povo por muitas gerações.

    Murilo Cesar

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