Integralistas junto com membros do MV-Brasil no final de um "Arrastão Cultural" (Leme, Rio de Janeiro - RJ), em Junho de 2005. |
Sérgio de Vasconcellos
1º) O Chefe Nacional Plínio Salgado e
os Integralistas jamais apoiaram um suposto projeto de Getúlio Vargas, porque
tinham o seu próprio Projeto, explanado em diversos Livros e resumidamente
exposto pelo próprio Plínio no famoso Manifesto Programa de 1936. Se,
eventualmente, apoiamos esta ou aquela iniciativa do Governo getulista, o
fizemos por entender que era bom para o Brasil. Agora mesmo, numa hipótese absurda,
se o Governo Dilma tomar uma iniciativa que beneficie a Nação, terá o apoio dos
Integralistas para tal iniciativa, apesar do divórcio ideológico que nos separa
do PT. Para nós, o Brasil está acima de tudo.
Integralistas junto com outras organizações na "Marcha da Família pela Liberdade" (Copacabana, Rio de Janeiro - RJ), em Março de 2008. |
2º) O Integralismo não é, nunca foi e
jamais será de direita. Sobre isso o Chefe foi bastante claro em “Verdades da direita e da esquerda” e “Direitas e esquerdas”. Gustavo Barroso já no seu
primeiro Livro Integralista - O Integralismo em Marcha (1933) - deixa
isso também perfeitamente estabelecido: “Na situação a que atingimos, não
podemos consentir que o nosso país se incline para a Direita ou para a
Esquerda, porque ambas são situações de desequilíbrio, porém devemos força-lo a
seguir para a Frente”. Palavras que até soam proféticas para nós que militamos
na Frente Integralista Brasileira. Não
obstante, estamos abertos ao diálogo e ações conjuntas com quaisquer outras correntes
que se reconheçam como patrióticas e nacionalistas, e temos ido às ruas muito
antes disso virar moda. Aliás, ao contrário do que muitos supõem, os
Integralistas têm participado, em todo o Brasil, das manifestações
impedimentistas e intervencionistas. Mas, desde março de 2015, curiosamente,
começamos a ser hostilizados, quer nas manifestações impedimentistas, quer nas
intervencionistas, parecendo que, de algum lugar, veio uma ordem nesse
sentido... As imagens que ilustram este Artigo são uma pequena amostra do registro
fotográfico existente, e todas, com exceção da última, anteriores a 2013, isto é, de antes das Jornadas
de Junho de 2013, das quais participamos
e sobre as quais eu – “Os Integralistas nas recentes manifestações populares” -
e outros Companheiros escrevemos, e que mereceu um belo Artigo do conhecido
Pensador Católico, Paulo Le Chevalier, e que pode ser lido aqui. Mais
documentação fotográfica pode ser consultada nos seguintes “links”: Frente Integralista Brasileira - Imagens Atuais, Integralismo!, IntegralismoRio, Grupo Integralista da Guanabara - Pós 1975.
3º) Não seguimos a cartilha leninista pela
simples razão que somos Integralistas, e seguimos a Cartilha de Plínio Salgado.
O Chefe expôs nosso ponto de vista no Artigo “Técnica de Sorel e Técnica de
Cristo”, publicado originalmente n'A Offensiva (1935) e enfeixado no Livro "Palavra Nova dos Tempos Novos" (1936).
4º) O Integralismo não será o braço
armado de qualquer revolução. O Integralismo não acredita na violência como
arma política. Somos pela Revolução de Ideias. Desde o Manifesto de Outubro de
1932, com o qual Plínio Salgado Fundou o Integralismo, isto está perfeitamente
assente. Como a Acção Integralista Brasileira – A.I.B. – teve uma Milícia até
1935, muitos, sem se dar o trabalho de consultar a Literatura Integralista,
supõem que pretendíamos ou ainda pretendemos chegar ao Poder da República
através de um Golpe. Nada mais distante do Ideário Pliniano. Portanto, o
Integralismo não será bucha de canhão para a “direita capitalista”.
Alguns dos Integralistas que participaram da bem sucedida Panfletagem na Praça Saens Peña (Tijuca, Rio de Janeiro - RJ), em Agosto de 2009. |
5º) Enquanto existir um Regime
Econômico Capitalista no Brasil, não
cessaremos a luta, pois, somos tão anticapitalistas, quanto anticomunistas.
6º) O Integralismo já ultrapassou a
casa dos 83 nos de existência. Nesse período, partidos, correntes, políticos,
etc., que nos combateram a ferro e fogo, desapareceram e nós prosseguimos a
nossa Jornada em direção à Idade Nova. De nossos adversários ideológicos, só os
comunistas subsistiram, mas, de forma melancólica, como caricatura de um ideal
revolucionário, que criticávamos, porém, respeitávamos.
7º) O País, na ótica de uma classe
média aburguesada e decadente, está em polvorosa. A grande maioria, a massa,
ignora essa pretensa convulsão social em vias de acontecer... Perguntamos a
esses iludidos pequenos e grandes burgueses: A Revolução vai acontecer? Que
Revolução? A da “direita capitalista”? Ora, isso não é Revolução, mas, mera
substituição de indivíduos no Poder. Se não houver mudança do Estado, não houve
Revolução. Exemplos de Revolução: Revolução Francesa, Revolução Comunista,
Revolução Fascista. No Brasil, por exemplo, fala-se em Revolução 1964, nada
mais errado, porquanto a “revolução” limitou-se a retirar uma facção do Poder e
colocou outra, a sombra das baionetas, o Estado Brasileiro permaneceu o mesmo.
Manifestação em Brasília (DF), com 50.000 pessoas presentes, e onde usou da palavra o conhecido Líder Integralista, Companheiro Paulo Costa, em Junho de 2011. |
8º) A Literatura Integralista no
referente à Economia tem uma grande falha: Infelizmente, está dispersa pelos
Periódicos Integralistas, e os Livros Integralistas voltados para a área são
poucos: O de Américo Ribeiro de Araújo (cujo título não me recordo), o de
Gustavo Barroso, “Brasil, Colônia de Banqueiros”, o de Affonso de Carvalho, “O
Brasil não é dos Brasileiros”. Estes dois últimos voltados mais para denunciar a nossa situação de espoliados pelo
Capitalismo. Ainda temos, Miguel Reale, com sua Obra “O Capitalismo
Internacional”, em que faz a crítica ao capitalismo internacional para em
seguida expor as bases da Economia Nova, a Economia Integralista. Na Literatura
Integralista, da década de 30 aos nossos dias, os nossos diversos Autores
dedicam um ou mais Capítulos à questão econômica. Na nossa época virtual,
muitos Artigos têm sido publicados a respeito. Todavia, forçoso é reconhecer
que uma exposição definitiva da Economia Integralista ainda está por ser feita.
Indico aos curiosos que desejam conhecer a profundidade do Pensamento Econômico
Integralista a leitura de “Império de Mamon e Império Cristão”, do brilhante Companheiro Victor
Emanuel Vilela Barbuy, Presidente Nacional da Frente Integralista brasileira – FIB.
9º) Aos bisonhos que teimam em vir
nos “ajudar”, e que não sendo Integralistas, querem nos ensinar a nossa
Doutrina e orientar a nossa ação, digo que o Integralismo dispensa tal
cooperação. Sugiro que estudem mais sobre a História e Doutrina Integralistas.
Ressalto que Integralismo só se aprende com Integralistas, e não com esta
caterva de comunistas travestidos de historiadores, sociólogos, cientistas
políticos, etc.
10º) A atual pouca penetração do
nosso Movimento junto às “massas” não se deve a qualquer indigência teórica,
simplesmente porque as massas não dão a mínima a teorias políticas ou quaisquer
outras, completamente imbecilizadas por décadas de lavagem cerebral feita pelos
meios de comunicação, todos pertencentes ao Poder Econômico. A nossa fraca
presença junto às “massas” deve-se, entre outros motivos, a nossa falta de
recursos materiais, em português claro, dinheiro, para podermos fazer frente à
ideologia alienante de liberais e marxistas. Nós, da FIB, não temos
financiadores. Por nossa acendrada posição crítica ao capitalismo, os
Empresários obviamente não nos dão um centavo. Nossos recursos financeiros saem
do bolso dos próprios Camisas Verdes, e como, neste momento, a maioria é de
jovens, ainda sem recursos próprios, o dinheiro que dispomos para a difusão das
nossas Ideias está muito aquém do que necessitaríamos. Outro motivo é a própria
condição de imbecilização coletiva, pois, o que comunicamos, o que dizemos, o
que propomos, é tão diferente do que a massa está acostumada a ouvir que é
muito difícil convencer. No Prefácio do 2º volume de “Integralismo – Um novo paradigma” escrevi francamente: “Não escapa a nenhum Integralista a constatação
que, com o passar dos anos, foi “se tornando progressivamente mais difícil
explicar o que é o Integralismo àqueles que ainda não o conhecem, pois, além da
campanha de desinformação de que somos vítimas, a nossa Mensagem de
Reconstrução Pessoal e Nacional não encontra receptividade numa sociedade em
que a degeneração intelectual e moral é avassaladora”. Portanto, todos os Integralistas
estão perfeitamente cientes dos esforços brutais a que estão obrigados para
difundir o nosso Ideal Revolucionário. Quando conquistamos um Brasileiro é
maravilhoso, mas, aí ele não faz mais parte da massa, tornou-se um Brasileiro
Consciente de seus Direitos e Deveres.
11º) Apesar de rejeitar a tomada do
Poder pelo Golpe, o Integralismo cooperará com qualquer Governo, se for chamado
para tal, e desde que tal cooperação não violente os Princípios Doutrinários do
Sigma.
12º) De qualquer forma, historicamente,
nenhuma “revolução” foi vitoriosa no Brasil sem o apoio das Forças Armadas.
Portanto, qualquer insurreição popular em que, no mínimo, as FFAA fiquem
neutras e assistam sem interferir a derrubada do Governo, não terá a menor
possibilidade de sucesso.
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